quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

ATENÇÃO! MACONHA CAUSA MAIS CÂNCER QUE O TABACO, DIZ ESTUDO

Consumo diário de um "baseado"
equivale ao de 20 cigarros de tabaco

Cientistas da Nova Zelândia analisaram os efeitos cancerígenos da maconha e do tabaco e concluíram que, em um período de dez anos, o consumo diário de um cigarro de maconha pode ter o efeito nocivo do equivalente a 20 de cigarros de tabaco.

O estudo, realizado no Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia, será publicado na edição de fevereiro da revista científica "European Respiratory Journal".

Segundo os cientistas, os resultados da pesquisa foram obtidos a partir do cruzamento de dados obtidos em entrevistas feitas com dois grupos de pessoas --um de pacientes com câncer de pulmão e outro formado por pessoas saudáveis-- com menos de 55 anos de idade. Os 79 participantes foram questionados sobre seus hábitos de consumo de álcool e maconha, a rotina de trabalho, histórico familiar e outros 320 fatores que podem influenciar na incidência da doença.

Ao analisar os dados dos entrevistados, os cientistas concluíram que o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta progressivamente de acordo com o tempo de consumo de maconha. "Nos usuários de longa data, que fumavam pelo menos um cigarro de maconha por dia durante dez anos ou dois cigarros de maconha por dia durante cinco anos, o risco de câncer de pulmão aumentou em seis vezes, um resultado igual ao de pessoas que fumaram 20 cigarros por dia", explica Beasley.

"Essa conclusão está de acordo com observações anteriores que mostram que a fumaça da maconha tem uma mistura de produtos tóxicos similar à do tabaco", afirma Beasley. Fumaça Segundo os pesquisadores, o nível de elementos cancerígenos presentes na fumaça da maconha é duas vezes maior que o encontrado na fumaça de tabaco. O estudo sugere que a forma habitual de fumar maconha, sem filtro, também contribui para o aumento dos danos.

"Tipicamente, a maconha se fuma em um cigarro sem filtro e seu consumidor inala a fumaça mais profundamente e por mais tempo. Isso aumenta a quantidade de fumaça inalada e aumenta em cinco vezes a concentração de elementos cancerígenos nos pulmões", explica Beasley O cientista afirma que a maconha "já pode ser responsabilizada por 5% dos casos de câncer de pulmão diagnosticados na Nova Zelândia".

"Em um futuro próximo, poderemos observar uma epidemia de câncer de pulmão ligado ao consumo de maconha, principalmente em países onde o crescente consumo de maconha entre jovens adultos e adolescentes está se tornando um grande problema de saúde pública", estima Beasley.

(BBCBrasil - Publicado por Débora Iankilevich, no Site JORNALE, nesta quinta-feira, 31.01.2008)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

EU TENHO MUITO A VER COM ISTO!

Eu tenho muito a ver com isto!
Isto é o meu Brasil!

Deveríamos ser todos iguais perante todos.

Isto garante nossa Constituição e os Direitos Humanos.
Eqüidade.

Mas, não é assim na realidade brasileira.

Falam os ricos, os poderosos, os que têm o cargo dado por nós!

Este chão brasileiro, banhado pelo suor de escravos, sugado por coronéis e ditadores, rubro pelo sangue de fervorosos da democracia, plantado por história rica por desbravadores, heróis e mártires, adubado por leis criadas por homens dedicados e patriotas, iluminado por artistas, músicos, escritores e grandes políticos que se destacaram por alto gabarito não só intelectual como também moral, não merece que eu diga:

e eu com isto!


Ana Maria C. Bruni

(Enviado por Beatriz Abagge, nesta terça-feira, 29 de Janeiro de 2008)

DENÚNCIAS DE ABUSOS CONTRA CRIANÇAS CRESCEM 80%

O Disque 100,
da Secretaria Especial dos Direitos Humanos,
recebeu 24.924 denúncias em 2007, contra 13.823 em 2006


O Disque 100, serviço da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República que recebe relatos de abusos contra crianças e adolescentes, terminou 2007 com aumento de 80% no número de casos denunciados na comparação com o ano anterior. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Socorro Tabosa, foram 68 denúncias, em média, por dia no ano passado.

No ano passado, o serviço recebeu 24.924 denúncias de maus tratos e exploração contra crianças e adolescentes. Em 2006, esse total havia sido de 13.823. Os estados onde houve mais denúncias, no último ano, foram São Paulo, com 3.081, Bahia com 2.547, Minas Gerais com 2.292, e o Rio de Janeiro com 2.001. O Disque 100 recebe ainda milhares de pedidos de informação sobre crianças e adolescentes – em 2007 foram atendidos 940.919 solicitações.

De acordo com Socorro, tal fato deve-se ao amadurecimento da sociedade brasileira, que hoje considera os abusos contra menores uma das mais perversas violações dos direitos humanos. “Hoje no Brasil não é mais banalizado o fato de uma criança ser espancada pelos pais. Está surgindo entre nós o entendimento que o cuidado com os menores é um dever de todos. E assim, o número de denúncias tem aumentado a cada ano”, avalia.

Dependendo do caso, a denúncia é verificada imediatamente ou em 24 horas. Em alguns casos, vidas são salvas. Ela cita o caso de uma avó que ligou desesperada afirmando que a mãe de sua neta estava espancando e batendo com a cabeça da criança em uma parede. A denúncia foi então encaminhada à polícia local, que flagrou a mãe jogando álcool na criança para atear fogo. “Muitas pessoas ligam ao Disque 100 para agradecer os resultados”, diz Socorro.

Para a coordenadora, o aumento do número de denúncias deve-se à credibilidade conquistada pelo Disque 100 e a parcerias com vários segmentos da sociedade, tais como entidades do setor de transportes terrestre e aquaviário, sindicatos, empresas transportadoras, Polícia Rodoviária Federal e distribuidoras da Petrobras. Ela também destaca a colaboração internacional:

“A rede de colaboradores envolve parcerias com os governos dos países do Mercosul, para enfrentar a exploração sexual de menores nas regiões de fronteira”. Para Socorro, sem a rede de colaboradores, o programa não seria tão eficaz. “O programa possibilita o fortalecimento da rede de proteção, com capacitação, qualificação e fornecimento de logística. Trabalhamos conjuntamente com os governos estaduais e municipais. É uma rede mesmo, e a sociedade é parte fundamental nesse processo. Sem ela, não teríamos como agir”, reiterou Socorro.

O serviço atende das 8 às 22 horas, todos os dias da semana. As denúncias podem ser feitas de qualquer região do país, de telefone fixo ou celular, pelo número 100. A ligação é anônima e gratuita.

Criado em 1997, sob a coordenação da Associação Brasileira Multidisciplinar de Proteção à Criança e ao Adolescente (Abrapia), o Disque 100 passou a ser coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos desde 2003, em parceria com o Ministério da Saúde.


(Matéria veiculada pela ABr - Da Redação Bonde/ Curitiba, no domingo, 27.01.2008)

sábado, 26 de janeiro de 2008

NOVOS COMENTÁRIOS - PARA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?

Para ser justa com todas as pessoas que interagem aqui,
passo todos os comentários para a frente.
Os que chegam por e-mail e os que são postados no próprio Blog.
Mas alguns são tão bons que merecem mesmo vitrine


Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

(Texto de Drauzio Varela)

Beatriz

26 de janeiro 2008


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Cativar é tornar cativo...
O amor não liberta?
Sim... a liberdade do cativeiro... só quem ama entende...
talvez não compreenda, mas vive, ousa e... cala!
Palavras são desnecessárias para certas coisas ou em determinadas situações!

Ômar


25 de janeiro de 2008.

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Oi...Vania

Adorei o blog.

Luiz

23 de janeiro de 2008
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Vania

Os comentários estão sendo postados diretamente em sua página.
Deveriam ficar nos comentários.
Não é estranho?

Abraço,

Ana

23 de Janeiro de 2008

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Cara Ana:

Alguns comentários foram enviados via e-mail e eu, então, os coloquei no Blog.
E continuo a fazer isso.
Os que chegam por e-mail, eu os passo para cá.
Mas, algumas pessoas, que haviam postado seus comentários aqui, no Blog,
também quiseram, que os seus textos aparecessem na frente.
E eu as atendi. Apenas isso.
Mas há comentários tão bons que merecem mesmo ficar expostos.
Além do mais, Blog foi feito para isso, para eliminar convenções,
para se ter liberdade.
E eu adoro ser livre e ousar.
E você, Ana, gosta de liberdade?

Com gratidão a você e a todos os que escrevem aqui.

Abraços;

Vania
Mara Welte

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

PAIXÃO DE LINA

Chãofrancisco é o nome da foto.

Foi dado pela autora, Lina Faria. Está no catálogo que ela lança domingo, às 19 horas, no Beto Batata original. É a 31ª edição da coleção de livretos do Beto.

A festa vai ser completa porque divide com a exposição da Lucilia Guimarães e o encerramento da Oficina de Música.

Chãofrancisco, título e imagem, dão um pouco da dimensão da criatividade de Lina. Ela é apaixonada pela cidade, tem um site só com fotos que faz pelas ruas de Curitiba (
www.olhodarua55.com) e está sempre no lugar para onde seu coração aponta.

É assim desde que saiu do interior do Paraná na ânsia de descobrir o mundo. A fotografia a ajuda nisso. Teve filhos com fotógrafos de profissão e de vontade.

O signatário (Zé Beto) está no último caso e a menina Tarsila, de tanto acompanhar a mãe nos trabalhos para grandes revistas de arquitetura, se encaminhou para o design de móveis.

Anaterra, a outra herdeira, tem click no DNA. Já publicou algumas fotos aqui.

Talentosa. Como a mãe, que vive de luz, para o prazer. Dela e de quem se vê diante de suas imagens.

(Publicado no Site JORNALE , BLOG do ZÉ BETO, nesta sexta-feira, 25.01.2008)

ACREDITE! EU SOU COMADRE DE SÃO FRANCISCO E DE SANTO ANTÔNIO

Padre Gustavo, quando era capelão
no Palácio Iguaçu,
certa manhã,
tornou-me comadre de Santo Antônio e São Francisco

Muito criança ainda, meu filho João, convidou o meu irmão mais novo para ser o padrinho dele quando fosse receber o Sacramento da Crisma. A data seria definida depois. Os anos se passaram e nós, irmãos, nos separamos. Cada um de nós foi trabalhar e morar em outras plagas e até no exterior. O que dificultava o apadrinhamento e a Crisma.

Anos depois, retornamos a Curitiba. O padre Gustavo era capelão no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado do Paraná, e sempre me convidava para fazer as leituras nas Missas, o que eu fazia com prazer. Certa manhã, ele me avisou que, naquela semana, ele daria o Sacramento da Crisma na Capela do Palácio e perguntou-me se o meu filho gostaria de ser crismado.

Ao chegar em minha casa, falei sobre a crisma com o meu filho e ele topou. Mas avisou-me que não queria mais que o seu padrinho fosse o tio. Iria convidar outra pessoa e me pediu para avisá-lo do “desconvite”. Puro descalabro. Ele que o convidou, ele que o “desconvidasse”, o que seria uma enorme grosseria. E eu jamais o faria. Era responsabilidade dele, João.

Como todo adolescente, deixou o problema para ser resolvido depois. Pegou o telefone e começou a ligar para os possíveis futuros padrinhos. Entre todos os escolhidos, nenhuma tentativa obteve sucesso. Todos estavam viajando. E, por coincidência, o meu irmão tinha chegado do exterior para passar as férias e se encontrava em Curitiba.

Então, eu conversei com o meu filho:

- Filho, enfrente a situação. Telefone para o seu tio e, com o máximo tato, explique a razão do “desconvite”.
- Não tenho coragem. Ele ficará magoado.
- Mas você não pode convidar outro padrinho sem, antes, “desconvidar” o seu tio.
- Está bem! Está bem. Vou dar uma saída e depois eu resolvo isso.
- Mas a crisma já é amanhã, pela manhã, às 8 horas.
- Eu sei! Eu sei! Tchau! Volto logo. Não se preocupe.

Cinco minutos depois, o meu filho me telefona:

- Mãe, adivinha com quem eu dei de cara bem na esquina de nossa casa?
- Não sei.
- Com o tio “padrinho”.
- E daí? Explicou para ele que não quer mais ser o seu afilhado de crisma?
- Ora, mãe!!! E eu sou louco de contrariar Deus?!
(Muitos risos, de ambas as partes).
Mãe, eu avisei o tio da Missa, da Crisma, do horário e local.
- E ele?
- O tio ficou super feliz e disse que estará lá amanhã bem cedo.
- Ótimo, meu filho. Assim é melhor, ninguém fica magoado. E com você, tudo bem?
- Claro mãe. Tudo bem. Fico em paz.
- Ótimo! Então não chegue tarde para não perder a hora.
- Fique tranqüila. Estarei acordado a tempo e irei com você.

Bem cedo na manhã seguinte, estávamos, meu filho e eu, com os outros pais e crismandos à porta da Capela do Palácio Iguaçu. Padre Gustavo, sorridente, recebia a todos com delicadeza.

Mas os minutos foram se passando e nada de chegar o padrinho de meu filho. Esperamos 10, 15, 20, 25 minutos e nada da presença do meu irmão. Então, fomos conversar com o padre Gustavo e explicar a ausência do tio/padrinho.

Meu filho, já aflito perguntou:

- E se ele não chegar, padre, o que a gente faz?
- Não se preocupem. Vocês têm um Santo de devoção?
- Sim! (respondemos em coro).
- Ótimo! Qual é?
- São Francisco! (disse o meu filho, em eco à minha “intrometida” resposta: Santo Antônio!)

Meu filho e eu nos entreolhamos. E eu lhe disse:
- Desculpe, meu filho. O padrinho é seu e a escolha deve ser sua também. Desculpe-me!

O bom padre Gustavo sorriu e contemporizou.

- Tudo bem. Os dois Santos podem ser os seus padrinhos. Sua mãe os representará no momento da Crisma e você terá dois padrinhos Santos.

Nós rimos e comemoramos.

O tio/padrinho evaporou e não apareceu nem no fim da Missa.

No momento da Crisma de meu filho, eu fui chamada e representei os dois Santos: São Francisco e Santo Antônio.

Ao terminar a Missa, padre Gustavo cumprimentou os pais, os padrinhos e os crismandos. E disse:

- Hoje é um dia muito especial para mim. A partir de hoje, eu posso dizer que sou amigo da comadre de São Francisco e de Santo Antônio.
(Todos riram muito).

Eu lamento apenas a perda do padre Gustavo, um bom homem, médico devotado e amigo fiel e generoso. Após a morte do padre Gustavo, nunca mais as Missas foram as mesmas na Capela do Palácio Iguaçu, ao menos para mim, a comadre de Santo Antônio e de São Francisco.

Em Tempo: O Tio/padrinho perdeu a hora. Só acordou após o almoço. Um pouquinho tarde demais para uma Missa matinal. Mesmo assim, ele se diz também padrinho de meu filho.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A VIDA É MUITO, PARA SER INSIGNIFICANTE

"Cada um tem de mim exatamente o que cativou.
E cada um é responsável pelo que cativou.
Eu não suporto falsidade e mentira.
A verdade pode machucar, mas é sempre mais digna.

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão.
Perder com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem mais se atreve
e a vida é muito, para ser insignificante.

Eu faço e abuso da felicidade.
E não desisto dos meus sonhos.
O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar
e correr o risco de viver seus sonhos."

(Poema de Charles Chaplin)


quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

COMENTÁRIO DO JORNALISTA ZECA LEITE SOBRE O CRIME. OU CRIMES?!

Vânia, Garota Welte!

Estava vindo do seu blog, e deparei com a notícia - mais uma - do rapaz preso pela polícia de Londrina.

O endereço do portal onde li é http://www.londrix.com/.
Escrevi uma carta que já está no ar.

Abraços!

Em Deus.

Zeca

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Eis o comentário do jornalista Zeca Leite, veiculado no Site www.londrix.com
Comentário publicado em 23/01/2008


Matéria comentada:

"Advogado pede habeas-corpus para suspeito da morte de Amanda"

É impressionante o silêncio da imprensa paranaense sobre a arbitrariedade da polícia londrinense que foi buscar no interior de São Paulo a resposta para um crime ainda insolúvel.

Este mesmo portal trouxe manchetes como "Fios de cabelo na mão de Amanda podem revelar assassino", "Polícia tem digitais de suspeito na morte de Amanda" e até mesmo uma psicóloga (ou psicólogo) dirigiu-se a Londrina para falar com o detento. De que resultou essa conversa? Qual foi o diagnóstico?

Ninguém fala nada; e a proibição do detento em se manifestar é uma prova a princípio contundente contra as autoridades policiais.

Crimes insolúveis existem, o que não pode existir é a fabricação de criminosos.

O que não pode acontecer é a polícia ir atrás de denúncias pela internet, sem checar, antes, a veracidade da denúncia.

Não é cabível a ingenuidade dos detetives; não é prendendo um humilde que se fará justiça.

Neste caso um novo crime se sobrepõe ao da pobre universitária.

Nota: O autor do comentário: zeca corrêa leite (zeca em torrea ponto com ponto br) enviou tudo via e-mail e eu postei aqui pela importância e gravidade dos fatos

ADVOGADO PEDE HABEAS-CORPUS PARA SUSPEITO DA MORTE DE AMANDA

Vence no final de semana vigência da prisão preventiva
de rapaz de São Carlos que está detido no CDR

Nesta segunda-feira (21), o advogado do suspeito de ter envolvimento na morte da universitária Amanda Rossi entrou com pedido de habeas-corpus para libertar o jovem que está detido no CDR (Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina) desde 28 de dezembro. Amanda Rossi, de 22 anos, foi morta dentro do campus da Unopar no dia 29 de outubro.

O rapaz, de 18 anos, foi preso com base em um mandado de prisão preventiva que vence no final de semana. Assim, é possível que a Polícia Civil peça a prorrogação da detenção do suspeito. O advogado Marcelo Kintzel Graciano, que o representa, espera uma resposta do Tribunal de Justiça ao seu pedido de soltura até esta quarta-feira (23).

Único suspeito


O suspeito tem 18 anos, residia em uma pensão na cidade do interior paulista de São Carlos e estava desempregado. A Polícia de Londrina recebeu um e-mail anônimo o apontando como envolvido no homicídio e informando a sua localização. No quarto da pensão foram encontrados recortes da notícia da morte da estudante com anotações, mas nenhuma prova material.

O rapaz negou conhecer Amanda e afirmou que não estava em Londrina no dia do crime. Ele mantinha uma página no Orkut chamada "Amigos de Amanda Rossi", criada dois dias depois do corpo da universitária ter sido encontrado na sala de máquinas da piscina da Unopar.


(Matéria veiculada no Site www.londrix.com, nesta quarta-feira, 23.01.2008)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

MAIS COMENTÁRIOS SOBRE O BLOG

Postar no Blog é simples.

Apenas escreva o comentário.....
Coloque as letras que são pedidas, na verificação da palavra.
Marque a conta que você está usando de e-mail, o apelido ou anônimo e...
Publicar comentário.
Tente que dará certo.

Abraços;

Beatriz


23 de Janeiro de 2008

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Vania!

Sua doida!

Amei o seu "blog". Uau................

Só tiraria aquele ...................., fazer o que ele fez.

Tenho vontade de mandar afundar ....

Um beijão;

Clae

(Enviada por e-mail, nesta quarta-feira, 23.01.2008)

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Vania querida,

eu até tentei me manifestar diretamente no blog, mas não fui aceita.... portanto, mando por aqui.

Tinha tentado comentar o poema do Zeca com o seguinte:

Zeca, maravilha de texto, tinha lido um pedaço em algum lugar e fiquei com vontade de quero mais, sobretudo porque compartilho os sentimentos...

Vania, obrigada!

Não apenas pelo Zeca (sempre bem-vindo), como pela totalidade do blog: bons textos, belíssimas imagens, provas cabais de vida inteligente, sensível, humana e humanizadora.

Parabéns amiga, vida longa ao Vânia Data Vênia (o nome é ótimo) beijos

Elza

(Enviado por e-mail nesta terça-feira, 22.01.2008)

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Parabéns, Vania!

Está uma delícia de ler, como tudo o que você escreve.

Aliás, lembrei de um certo telefonema, em uma noite em um certo boteco, quando vi a foto do ...

Ele já saiu de dentro do ...?

Beijos,

Thea

(Enviado por e-mail nesta terça-feira, 22.01.2008)

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Vania,

Seu Blog está com um visual e conteúdo excelentes.

Parabéns !

Antonio Borges dos Reis

(Enviado por e-mail nesta segunda-feira, 21.01.2008)

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Vania,

Você está um escândalo de bonita, assim, bem loira. Adorei.

Vou ler com mais calma o seu Blog quando for à casa de alguma amiga, talvez amanhã.

Anyway, uma pergunta: por que o fundo tão dark?

Beijão & saudades muitas,

Sis

(Enviado por e-mail no domingo, 20.01.2008)

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Olá!

Vinícis de Moraes já dizia:

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências… A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.”

Eu, Vania, acredito que mesmo a pessoa amada que se vai, por morte ou por vontade própria, fica para sempre na nossa memória e coração. Pois assim é a vida, passageira. E só deixamos de herança os nossos reais sentimentos e valores, o que vivemos juntos e damos, no dia-a-dia, ao outro. E essa é a nossa maior herança, nosso maior tesouro.

Abraços, com imensa gratidão a cada um, a cada uma de vocês;

Vania

domingo, 20 de janeiro de 2008

BOA LIÇÃO DE UM EX-TRAFICANTE

Perguntei a João Guilherme Estrella, ex-viciado e ex-traficante que inspirou o filme "Meu Nome Não é Johnny", como ele educaria seu filho contra o abuso de drogas. Sua receita: ficar próximo e, sem discursos moralistas ou histéricos, mostrar os perigos do prazer. A proximidade ajudaria a evitar que o filho, longe da família, veja nos amigos sua única fonte de acolhimento afetivo. "Sou um ótimo contra-exemplo do perigo da droga", conta.

Esse foi um detalhe da minha entrevista com João Guilherme, mais aprofundada em meu site (
www.dimenstein.com.br). Mas é um detalhe valioso para os pais e educadores preocupados com o abuso de drogas entre os jovens. Estabelecer limites gera conflitos e desgastes, mas é uma das grandes responsabilidades dos pais e educadores não para tolher, mas para assegurar a liberdade. João Guilherme, como mostra o filme, sentia-se um indivíduo totalmente livre, sem limites na família, na escola e na sociedade. Foi descobrir o limite da pior maneira possível. Numa jaula.

O que a história de João Guilherme, amplificada pelo filme, traz à reflexão é que de pouco adianta o discurso terrorista nem moralista contra as drogas. E sobre a inutilidade de não se admitir que a droga gera prazer -- só por isso é sedutora. Mas que os pais e educadores não devem nunca temer o conflito com os jovens para se estabeleçam os limites. Nesse conflituoso aprendizado do limite, o jovem teria mais condições de valorizar a autonomia.

Isso implica inclusive estabelecer limites na própria sociedade. Difícil falar para os jovens do perigo do abuso das drogas, quando a publicidade estimula o consumo do álcool. É simplesmente indecente a facilidade com que se associa a bebida à sensualidade e até à saúde.

Para o aprendizado do limite sem moralismo nem histeria, o filme deveria ser trabalhado nas escolas. Vale mais do que qualquer sermão.

Texto de Gilberto Dimenstein, 48, veiculado na Folha Online. Ele é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz . Coordena o site de
jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras.

E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

DE REPENTE, A AUSÊNCIA

... e a voz nos deixou, de repente, de cantar, de rir,
de falar aquelas coisas todas,
e a voz nos deixou de repente no meio do salão,
bailarinos indefesos,
sem ter o que fazer de nossos pares,
nossas mãos, nossos passos,
e daquelas paisagens inúteis
que agora nem braços tinham
para nos abraçar.

havia uma hora marcada no destino, riscada a preto e cicatriz,
revolta na solidão da noite e da manhã,
feito ferida e gangrena fatal,
como fatais são a meia-noite e o meio-dia.

havia uma hora marcada no destino, meu Deus,
essa hora havia,
e somente os deuses em suas alturas e sabedorias
sabiam da dor que nos atingiria, viventes um pouco da voz
que em breve iria nos deixar.

e que num dia comum – era uma terça-feira, pode isso? –
iria se calar para sempre, e para sempre se calou.

mas nós fantasiados com nossas cores infelizes
de supremas e frágeis alegrias,
dançávamos ao som do dia e do trabalho
naquele imenso salão de festas do mundo,
ali bailávamos, longe dos dramas, das marcas da vida,
dessa coisa comum e imperiosa chamada Destino.
dançávamos sedentos de sobrevivência
e nos preparávamos para o almoço
ou já tínhamos almoçado, não sei bem,
só sei que era hora do almoço
e tudo entalou de repente e faltou ar e faltou luz
e faltou verdade e também faltou mentira
para ser desmentida e nos consolar de um susto
bobo e cheio de terror.

faltou chão, meu Deus, faltaram forças,
faltaram sedes, faltaram sonos,
faltou tudo isso que por vezes vem florescer
nossos jardins castigados.

ah, que a voz silenciou sem uma última canção
(quem sabe tenha cantado de madrugada?
quem sabe tenha ninado os filhos?
quem sabe tenha entoado hino a um mundo adormecido?
quem sabe tenha cantado rezas como velhas escravas insones?)

era 19 de janeiro de 1982 e isso é difícil de esquecer
e isso nunca mais será esquecido...

a voz deixou de repente de cantar, de rir,
de falar aquelas coisas todas
e nos deixou abismados e mortos,
sem querer, mansamente até,
no meio do salão, da solidão,
enquanto a orquestra da Vida
tocava inutilmente,
sem alegria ou gosto, mas tocava,
como se fosse uma comunhão
para contrariar
a verdade bruta da ausência que se fez.

(Poema do jornalista Zeca Corrêa Leite, enviado pelo próprio autor, às vésperas de mais um 19 de janeiro sem Elís Regina)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais.

Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim de que não moressem antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí.
Aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos.

Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros. As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões existem gigantescas diferenças.

Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro.

Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente.

Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões. A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos. Também haveria uma religião ali.

Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros.

Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar.

E os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante.

Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.


(Texto do escritor e poeta alemão Bertold Brecht)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

PARA VIVER UM GRANDE AMOR

Para viver um grande amor,
preciso é muita concentração e muito siso,
muita seriedade e pouco riso
— para viver um grande amor.

Para viver um grande amor,
mister é ser um homem de uma só mulher;
pois ser de muitas, poxa! é de colher...
— não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor,
primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro
e ser de sua dama por inteiro
— seja lá como for.

Há que fazer do corpo uma morada
onde clausure-se a mulher amada
e postar-se de fora com uma espada
— para viver um grande amor.

Para viver um grande amor,
vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo",
porque é só vos que quer sempre consigo
para iludir o grande amor.

É preciso muitíssimo cuidado
com quem quer que não esteja apaixonado,
pois quem não está,
está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade,
há que compenetrar-se da verdade
de que não existe amor sem fidelidade
— para viver um grande amor.

Pois quem trai seu amor por vaidade
é um desconhecedor da liberdade,
dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.
Para viver um grande amor,
“il faut” além de fiel,
ser bem conhecedor de arte culinária e de judô
— para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito,
não basta ser apenas bom sujeito;
é preciso também ter muito peito
— peito de remador.

É preciso olhar sempre a bem-amada
como a sua primeira namorada
e sua viúva também,
amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista
um crédito de rosas no florista
— muito mais, muito mais que na modista!
— para aprazer ao grande amor.

Pois do que o grande amor quer saber mesmo,
é de amor, é de amor,
de amor a esmo;
depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas:
ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs
— comidinhas para depois do amor.

E o que há de melhor que ir pra cozinha
e preparar com amor uma galinha
com uma rica e gostosa farofinha,
para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito,
muito importante viver sempre junto
e até ser, se possível, um só defunto
— pra não morrer de dor.

É preciso um cuidado permanente
não só com o corpo mas também com a mente,
pois qualquer "baixo" seu, a amada sente
— e esfria um pouco o amor.

Há que ser bem cortês sem cortesia;
doce e conciliador sem covardia;
saber ganhar dinheiro com poesia
— para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque
(com o mau bebedor nunca se arrisque!)
e ser impermeável ao diz-que-diz-que
— que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada,
se nesta selva obscura e desvairada
não se souber achar a bem-amada
— para viver um grande amor.

(Vinícius de Moraes)

domingo, 13 de janeiro de 2008

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

(Poesia de Manuel Bandeira, extraída do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro -, 1986, pág. 90)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

VALDIR COSTA DOS SANTOS, UM CIDADÃO BRASILEIRO

Quem disse que não há esperança neste país?

Em um ato de honestidade, o caminhoneiro Valdir Costa dos Santos, de 41 anos, morador de Curitiba, devolveu R$ 17 mil que achou no estacionamento de um posto de combustíveis às margens da BR-153, no município de Promissão, interior de São Paulo.

Santos passou dois dias com o dinheiro e comprou dois cartões de orelhão para procurar e marcar um encontro com o engenheiro agrônomo José Carlos de Oliveira, dono do dinheiro.

Na noite de terça-feira, os dois se encontraram na cidade de São José do Rio Preto e Oliveira, que tinha retirado o dinheiro do banco para comprar gado, recebeu a bolsa com os R$ 17 mil intactos. Até então, Santos nem sabia quanto havia dentro da bolsa.

O caminhoneiro recusou a recompensa. “Apenas pedi para ele orar por mim e por minha família, que já estava bem pago”, contou. Santos, que ganha cerca de R$ 1,2 mil por "mês dirigindo uma carreta para transportar garrafas de refrigerantes, disse não ver virtude alguma em devolver um dinheiro achado.

"Não fiz mais que minha obrigação, mas meus amigos me chamaram de burro”, diz. “Para mim, o que importa é dar um bom exemplo para os meus filhos”, concluiu Santos, pai de cinco filhos.

(Reportagem da Agência Estado publicada nesta sexta-feira, 11, no Jornal Gazeta do Povo e no Blog do Zé Beto do Site Jornale)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

DECISÃO DA JUSTIÇA FEDERAL SOBRE RTVE: POSIÇÃO DO SINDIJOR E FENAJ

A respeito da decisão da Justiça Federal determinando que o governador Roberto Requião se abstenha de usar a RTVE para praticar atos de promoção pessoal, ofensas à imprensa, a adversários políticos e a instituições, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lembram que desde 2003 vêm alertando para o uso indevido da emissora pública e denunciando que por ela o governador dava vazão a seus maus humores com relação à imprensa. No início do seu segundo mandato, Requião passou a se valer da TV pública para ostensiva propaganda governamental e pessoal e para críticas genéricas à imprensa que, antes de confrontar os proprietários de veículos, atingiam o trabalho dos jornalistas. Naquela época, como hoje, o Sindijor e a Fenaj mantêm um compromisso firme com a liberdade de expressão. As entidades também nunca defenderam que seria um cala-boca da Justiça a resolver os problemas da RTVE sob a gestão de Requião, mas uma mudança de postura dos dirigentes, rumo a uma atitude mais democrática e de respeito às vozes discordantes. Isto sempre foi posto em relevo quando reprovamos a malversação da concessão pública e o uso da emissora para achincalhar jornalistas e instituições. Por outro lado, se há uso indevido da RTVE e se foi necessário que um juiz federal tivesse de determinar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma fiscalização na emissora, é de se perguntar se não seria o caso de a agência reguladora investigar também o cumprimento da legislação por outras emissoras, as comerciais, que freqüentemente negligenciam as cotas de programação jornalística, abusam na publicidade, veiculando mais que os 25% do tempo de programação previstos em lei – sem falar na sublocação da grade e outorgas vencidas, principalmente nas rádios. Que se investigue a RTVE, sim, e todas as emissoras, e que não se dependa apenas de denúncias de fundo político para que se cumpra a lei no setor de telecomunicações.

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Sindicato dos Jornalistas Profissionais do PR
Rua José Loureiro, 211 - Centro
80010-140 - Curitiba - PR - Brasil
Jornalista responsável:
Adir Nasser Junior (3819/15/29v)
extrapauta@sindijorpr.org.br
fone: (41) 3224-9296

POLÍCIA APRESENTA SUSPEITO DE MATAR AMANDA. ACUSADO NEGA

Jovem de 18 anos, morador de São Carlos, declarou que não conhecia a vítima e que não esteve em Londrina (PR) em outubro

Um suspeito da morte da universitária Amanda Rossi, em 27 de outubro, foi apresentado na manhã desta segunda-feira (31) à imprensa londrinense, mas o delegado-chefe da 10.a Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, deixou claro que se trata de apenas um "suspeito" da autoria do crime. Até agora, a Polícia não dispõe de provas suficientes para incriminar Luan da Silva Freitas, de 18 anos, morador em São Carlos, interior paulista.


Os policiais chegaram ao suspeito a partir de denúncia anônima e cruzamento de informações no computador pessoal da vítima, que tinha 21 anos e foi morta logo após uma apresentação de dança de hip hop na Unopar, instituição onde cursava Educação Física. O assassinato foi cometido no campus da universidade, em um sábado. O corpo de Amanda foi encontrado na manhã da segunda-feira, dia 29, na casa de máquinas das piscinas da Unopar.

Luan da Silva Freitas nega envolvimento no crime e declarou à Polícia que sequer conhecia Amanda Rossi. Ele afirmou que só veio a Londrina uma vez, há dois anos, e não manteve nenhum contato com a vítima. O rapaz é dançarino de hip hop e tinha, na pensão onde residia, no interior paulista, recortes de jornais sobre o assassinato cometido em Londrina.

O suspeito está em uma cela individual no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina e teve prisão temporária decretada por 30 dias (porque não teria residência fixa), prazo que a Polícia tem para reunir alguma prova contra ele para poder seguir com o processo criminal.

Ele foi apresentado à imprensa, mas a polícia não permitiu que desse entrevistas. O rapaz estava tranqüilo e em momento algum escondeu o rosto. Ele não teria envolvimento anterior com ocorrências policiais. As investigações em torno do caso continuam.

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Comentário publicado em 02/01/2008 no Jornal Folha de Londrina


Notícia comentada:

"Polícia apresenta suspeito de matar Amanda. Acusado nega" (31/12/2007)


AUTOR: Zeca Corrêa Leite (zeca em torrea ponto com ponto br)

Acho muito estranho a polícia prender um suspeito sem qualquer prova que o desabone, e ainda por cima expô-lo à curiosidade pública, através da imprensa. É dever da imprensa questionar a validade do processo adotado pelas autoridades policiais de Londrina.


Há um açodamento anormal nesta prisão, como se fosse uma resposta à falta da elucidação da morte da estudante. Não é só prendendo, como também não é torturando presos e exigindo confissões, que se alcança a justiça.


A meu ver a imprensa tem o dever de se mostrar à altura de sua dignidade, exigindo das autoridades explicações cabíveis para esta pressa e este carnaval extemporâneo.


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Vania:

Li a notícia acima e opinei sobre a matéria. Estou mandando a você a matéria e a opinião, não sei bem porque. Se não quiser nem ler, tudo bem, é da lei.

Abraços;

Zeca.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

PRESENTE DE DEUS

O fotógrafo José Adair dos Santos, o Gogô, o motorista Mauro Antunes e eu terminávamos uma longa viagem, pelo Estado do Paraná, colhendo informações e material para compor os Almanaques Paraná (2001 e 2002).


Documentos que mostrariam as transformações ocorridas nas duas gestões do governo Jaime Lerner e que beneficiaram milhares de pessoas, nas mais diversas atividades e cenários paranaenses.


Foram centenas de entrevistas e de fotos, milhares de quilômetros percorridos em um curto espaço de tempo. Nós estávamos extenuados, porém felizes com a nova realidade que testemunhamos e pelo trabalho realizado.

Era fim-de-tarde e o céu começou a se mesclar de diversas cores e imagens. Eu ri, aplaudi e disse: Obrigada, Deus! Obrigada pelo presente de fim de trabalho. Vou registrar o Seu presente. E fotografei o céu em suas diferentes nuances.


Gogô e Mauro riram e comentaram: "Ela surta!"


Eu não dava a mínima aos dois amigos e colegas. De repente eu lhes disse: Olhem agora a Santíssima Trindade! Ela vem se apresentar em um balé para nós três.


Os dois olharam para o céu, pararam de rir e a zombar de mim. Mauro estacionou o carro no acostamento. Nós três descemos e aplaudimos. Agradecidos e extasiados pelo belo espetáculo, que dividimos com você. (VMW)

domingo, 6 de janeiro de 2008

FÉRIAS NO FAROL DA SOLIDÃO

É tempo de férias, sonhos e fantasias.


Para quem gosta de magia e aventura, o Farol da Solidão é um excelente destino. Distante 200 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, o farol da Solidão possui 21 metros de altura e sua inauguração data de 1929.


A paisagem é incrível. A primeira vez que eu a vi, pensei que era uma miragem. Não! Era realidade mágica.


Uma boa parte do trajeto é feita pela areia, na praia. Para evitar riscos é preciso conhecer o horário das marés. Caso contrário, pode-se ficar sem o carro e, ainda, isolado do mundo por muitas horas. Ou correr riscos mais sérios. É bom não arriscar!

No percurso, dezenas de aves em um balé fantástico e ordenado contrastam com o azul do céu. Algumas aves, como o maçarico-de-peito-vermelho, voam mais de 10 mil quilômetros, desde o Ártico, em busca de alimentação e abrigo.


A fartura de crustáceos, moluscos e algas e o isolamento da área fazem da Lagoa do Peixe o local perfeito para a procura de alimento e descanso. É um santuário a céu aberto, dominado pela magia.

Os inúmeros navios encalhados pela praia ajudam a manter o mistério que cerca o local. Embarcações de diversos portes sendo sorvidas pela areia fazem daquela costa um verdadeiro cemitério de navios.



PS.: Certo dia, meu falecido marido, João Carlos von Knüppeln Almeida, me disse:


- Vania, você jamais me pede um presente, uma pele, um brilhante, uma viagem ao exterior, nada. Peça alguma coisa cara. Isto me estimula.


Eu questionei:


- Tem certeza?
- Sim! Peça!
- Eu quero uma fazenda à beira mar, no Farol da Solidão!
- É! Eu devia ter ficado quieto. (Ele riu muito. Aliás, nós dois rimos muito.)


Jamais fui atendida no pedido. Mas também não fez falta para a nossa total felicidade. A simbiose do amor sempre supriu tudo. Mas quem tiver condições e oportunidade, eu aconselho o presente.

CANÇÃO DO TAMOIO

Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida.

Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.

(Primeiros versos da "Canção do Tamoio", do grande poeta Gonçalves Dias.
Abençoada por Deus, eu tive o privilégio de ouvir este poema declamado pelo maravilhoso e saudoso amigo Paulo Autran. Momentos inesquecíveis, para sempre, na alma, no coração e na memória.)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

CONSELHO DE NIZAN GUANAES

“Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, sou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns.

Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.

Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.

A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo. E ela responde: Eu também não, meu filho". Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem, como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguaçu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina.

Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, mas não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudicéia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio.

Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.

Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito, para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução.

Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use “Rider”, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados.

Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais, se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.

O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.

Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam.

Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho o leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E a isso, damos o nome de sucesso."

Texto lido como paraninfo de uma turma de
Administração em Salvador

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

NÚMERO DE JORNALISTAS MORTOS EM 2007 FICA PRÓXIMO DO RECORDE

Cento e setenta e um jornalistas foram mortos por causa de seu trabalho em 2007, quase atingindo o recorde de 177 mortes de 2006, afirmou a Federação Internacional dos Jornalistas (FENAJ) em um comunicado.


No Brasil, dois jornalistas morreram: o fotógrafo freelance Róbson Barbosa Bezerra e o jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, do "Jornal do Porto".


O Iraque foi o responsável por quase um terço das mortes. Lá, 65 jornalistas e profissionais da mídia morreram no ano passado, de acordo com a organização, que tem sede em Bruxelas.

A Somália e o Paquistão também foram lugares perigosos para os jornalistas trabalharem, segundo o grupo. Oito foram mortos na Somália e sete no Paquistão. Seis morreram no México, que se destaca pelo perigo na cobertura do narcotráfico.


”A violência contra jornalistas permanece em níveis extremamente altos pelo terceiro ano seguido”, disse o presidente da FIJ, Jim Boumelha. Como de costume, quem corre mais risco são profissionais de imprensa que trabalham em seus países natais.


O total de 171 mortes inclui 134 assassinatos e mortes violentas, além de 37 mortes em acidentes durante uma cobertura jornalística ou no trajeto de ida ou de volta.



Publicado por REUTERS/
O GLOBO ONLINE, nesta quarta-feira, 02.01.2008

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

FELIZ ANO NOVO !

Recebi esta linda mensagem, por e-mail,
e a divulgo aqui, para reflexão,
neste início de ano

Vania:

“Se eu pudesse deixar algum presente a você...
Deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

Deixaria a capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.

E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar, no interior de si mesma,
a resposta e a força para encontrar a saída”.

(Mahatma Ghandi).

FELIZ ANO NOVO!!!!

Abraços;

Beatriz

1º de Janeiro de 2008