sexta-feira, 6 de agosto de 2010

COGUMELO ATÔMICO, NUNCA MAIS

Imagem extraída do site www.history.navy.mil

Há 65 anos, um povo era calcinado sob os efeitos de uma Bomba Atômica. Os que sobreviveram sofreram dores atrozes. Era uma segunda-feira, dia 06 de agosto de 1945, a cidade de Hiroshima foi bombardeada com ataques nucleares. Três dias depois, em 09 de agosto, o mesmo aconteceu em Nagasaki. As duas cidades do Japão somaram a morte de 220 mil pessoas. A maioria dos mortos eram civis. O número de milhares de perdas de vidas cresceu com as mortes ocasionadas pela exposição à radiação da bomba, sem contar as sequelas dos que sobreviveram a um terror jamais visto na história de humanidade. Um terror que não deve ser esquecido para nunca mais ser repetido.

Rosa de Hiroshima é um poema de Vinícius de Moraes, musicado por Gerson Conrad e João Apolinário. Fala sobre a explosão atômica de Hiroshima e é cantada por Ney Matogrosso, que fazia parte da banda Secos e Molhados. A Rosa de Hiroshima é um grito pacifista e antinuclear. Foi lançada no ano de 1973, no disco de estreia do grupo, em plena ditadura no Brasil. A música foi apresentada ao vivo pelo grupo em um espetáculo histórico, no Maracanãzinho, em meados de 1974. A música foi a décima terceira mais executada nas rádios brasileiras no ano de 1973. Em 2009, a revista Rolling Stone brasileira listou Rosa de Hiroshima como a número 69 entre As 100 Maiores Músicas Brasileiras.


ROSA DE HIROSHIMA

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada


De Vinícius de Moraes
Composição: João Apolinário / Gerson Conrad