domingo, 27 de julho de 2008

PRESENTE DE DEUS

(Foto de Marco Lima)

(Foto de VMW)

(Foto de Léo Lima)


(Foto de VMW)

(Foto de VMW)

(Foto de Marco Lima)

(Foto de Léo Lima)

A vida nos oferece perdas e ganhos.
E, em alguns momentos, nos proporciona tesouros, presentes de Deus.
Só nos cabe agradecer tanto e tão raro privilégio

sexta-feira, 25 de julho de 2008

SONETO DE AMOR TOTAL

Este poema vai em homenagem aos sessenta anos de amor
do casal Maria José e João Marques Ribeiro,
pais de Cecília, Vilma, Regina, Vera, Izildinha e Fernando
e avós e bisavós de uma penca de crianças e jovens belíssimos.
Enfim, uma família maravilhosa, linda, exemplar e amada


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


(Poema de Vinícius de Moraes)

sábado, 12 de julho de 2008

FÁBIO CAMPANA FAZ HOMENAGEM AO GÊNIO E AMIGO JAMIL SNEGE









16 de maio de 2003.
Há cinco anos, um mês e 54 dias
morria Jamil Snege
que hoje (10)
completaria 69 anos

(Fotos do Blog de Fábio Campana)



Sem exagero, antes ao contrário, um dos mais talentosos textos que passou por este mundo. Leveza. Rapidez. Humor. Concisão. Precisão. Eis alguns dos ingredientes presentes nos muitos textos que Snege produziu e nos deixou como legado.


Um tanto da memória do Turco está nos fragmentos “snegenianos”, extraídos de alguns de seus principais livros:

Em busca de Rostropovich


Gosto dos outonos nublados e frios de Curitiba. Vista aqui do alto, do vigésimo andar, Curitiba lembra um pouco Buenos Aires, a Calle Lavalle, lembra um pouco Lyon, Bruxelas ou outra cidade européia que jamais conheci. Por um momento essa atmosfera me envolve a ponto de me convencer a vestir o casaco e descer até a rua, predisposto a saciar uma súbita fome intelectual por um bom livro, uma boa música, uma obra de arte qualquer. Li recentemente que Rostropovich reuniu em álbum suas principais gravações feitas entre 1950 e 1974, das Bachianas a Schumann e Beethoven, incluindo os dois concertos de Chostacovich.

Eis o pretexto: procurar Rostropovich nas casas especializadas de Curitiba, embora saiba de antemão que será uma busca vã. Já imagino o ar de riso das moças que me atenderão, as consultas ao gerente, as desculpas, mas preciso manter a qualquer custo a atmosfera. Estou, afinal, numa capital européia — não é disso que a propaganda oficial sempre tentou nos convencer? Não duvido, portanto, de cruzar com o próprio Rostropovich e seu violoncelo no meio da Praça Osório, atrasado para o ensaio de dali a pouco na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Animado por tal perspectiva, ergo a gola do casaco e avanço. Pose de intelectual compenetrado, finjo não ver garotos cheirando cola, meninas se prostituindo, gente mal vestida remendando o frio com tudo o que havia no guarda-roupa, do plástico à lã sintética, das malhas ordinárias de náilon made in Taiwan.

Fragmento extraído do livro Os verões da grande leitoa branca


Um dia sem ver a bela — ei-la que ressurge entre nuvens de vapores caminhando pela borda da piscina. Escolhe uma cadeira próxima à minha, tira o roupão, estende a toalha, estira-se com um langor de gata e só então me serve um naco de pão de seu sorriso. Temos vivido assim, numa dieta de distâncias e sorrisos, sem palavras, pois tudo nos dizendo com os olhos. E que falta nos fazemos um ao outro quando à tribo já reunidos um de nós se atrasa.

Hoje estamos realizando, pela primeira vez, a prova da piscina. Significa que vamos nos revelar os pequenos estragos que o tempo esculpiu em nossos corpos já maduros. Ela, mais nova que eu, uns sete ou oito anos; eu, mais velho que ela, uns dez ou doze anos, a julgar pela maneira como imagino que ela me veja. Mas não importa. Não preciso esconder nada dela. Ao contrário: exibo minhas pernas finas, a pele descorada, esses pêlos longos e duros que de uns tempos para cá começaram a nascer nos meus ombros. Gostaria que ela soubesse que três dos dentes com que lhe sorrio são removíveis e laváveis.

Ela, por seu turno, me exibe no alto da coxa uma depressão lateral de pele luzidia, que suponho o resultado de uma cirurgia de colo de fêmur. E na perna oposta, logo acima do joelho, uma pequena rede de varizes que ela faz questão de massagear com ostensivo empenho. Depois empina os seios e se examina, reprovando um excesso que eu aprovo, como aprovo tudo nela.

Já estamos irremediavelmente condenados um ao outro.

Fragmento final da novela Viver á prejudicial à saúde

quarta-feira, 9 de julho de 2008

CIRANDA TEM 10 ANOS DE LUTA PELOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Ciranda abre comemoração com café da manhã


Com um mês de festividades pelos seus 10 anos de trabalho, a Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência realizou um café de manhã para seus conselheiros, jornalistas e equipe interna.

Durante o café, Maria Amélia Lonardoni e Lilian Romão, jornalistas e fundadoras da ONG, fizeram um resgate da história da instituição para os convidados. “Surgimos como um grupo de estudos que queria aprofundar os conhecimentos sobre a comunicação. Mas percebemos que poderíamos fazer mais”, comenta Lílian Romão.

A Ciranda atua na mobilização da mídia para uma cobertura ampla e responsável dos assuntos ligados aos direitos de crianças e jovens. A ONG também realizar atividades diretas com meninos e meninas de Curitiba, da Região Metropolitana e do Litoral Paranaense.

Mês festivo

Entre as atividades planejadas para julho, a Ciranda fará parte das mobilizações organizadas por Fóruns e Comissões que promovem os direitos da infância e adolescência no Paraná, realizará a 2ª Mostra de Mídia e Educação da Ciranda e a uma festa de comemoração aos 10 anos, evento programado para acontecer em Colombo-Pr, onde a ong realiza projetos de combate ao trabalho infantil.

As comemorações do mês de julho incluem o aniversário de 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA

Programação

Dia 10 de julho

Às 9 horas
Festa de Encerramento das atividades do Programa Catavento
Bairro São Dimas/Colombo-PR
Das 15 às 21 horas
Participação e cobertura da abertura do “Seminário: 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - Conquistas e Desafios”
Shopping Estação Curitiba/Pr

Dia 11 de julho

Das 8h às 17 horas
Festa Julina e encerramento das atividades do Programa Catavento
Jardim Guarujá/Colombo-PR

Das 8h30 às 17 horas
Participação e cobertura do “Seminário - 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - Conquistas e Desafios”
Auditório da Fesp - Curitiba/Pr

Das 13 às 17 horas
3° Fórum de Jovens - “Como eu, jovem, posso ser mais participativo na sociedade?” do Projeto Navegando nos Direitos
Paranaguá-Pr

Dia 19 de julho

Das 14 às 15h30
2ª Mostra de Mídia e Educação da Ciranda
Cinemateca – Curitiba/Pr

Dia 24 de julho

Das 14 às 16 horas
Festa de Aniversário dos 10 anos da Ciranda
Parque Monte Castelo/Colombo

Dia 26 de julho

Das 10h30 às 12 horas
Fórum de Comunicação: ECA e a Mídia
Instituto Opet
Curitiba/Pr

(Texto veiculado no Site Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

ORAÇÃO DE SANTO AGOSTINHO


A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu,
Tu és tu.
O que fomos um para o outro, ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste,
Fala-me como sempre me falaste,
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa,
Como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou;
Continua sendo o que era.
O cordão da união não se quebrou,
Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,
Apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe,
Somente do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem...
Redescobrirás meu coração,
E nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e, se me amas,
Não chores mais.


Adeus, Creso, querido e bom amigo.
Grata por existir em nossas vidas.
E...
Até um dia!

VMW

PSICOLOGIA CONTRA VIOLÊNCIA INFANTIL

Alunos de escolas da Tríplice Fronteira
(AR / BR / PY), em 2003, já desfilavam na defesa
dos direitos da infância e da adolescência dos três países.
Um trabalgo executado pela Ciranda, coordenado pela OIT,
com o apoio de toda a sociedade daquela Região de fronteira
(Foto de VMW)

Curso de capacitação para policiais: preocupação com índice de assassinatos


Curitiba - Dados do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) apontam índice preocupante de crianças desaparecidas mortas. Entre 2003 e 2005 foram registrados 263 casos de crianças desaparecidas. Destas, cinco foram mortas e três são possíveis vítimas de assassinos em série. Uma pesquisa solicitada pelo Sicride ao Departamento Penitenciário mostra que entre 144 casos de crimes cruéis contra crianças, como tortura e estupro seguido de morte, 24 pessoas tinham perfis de criminosos em série.

Para preparar melhor os policiais civis e federais na investigação desses crimes, foi realizada nesta semana, em Curitiba, um curso de capacitação sobre Vitimologia e Psicologia Investigativa. As técnicas de psicologia investigativa são incorporadas aos procedimentos policiais na realização de entrevistas com vítimas e suspeitos. ''São sinais que as pessoas mostram e que este método ajuda a identificar e analisar, como mentiras durante os depoimentos'', explica Marilia de Melo Costa, mestre em psicologia investigativa, uma das participantes do curso.

Outra contribuição da psicologia é a técnica de análise da geografia do crime. ''Aqui no Brasil não temos uma pesquisa científica para analisar a geografia do crime. São iniciativas isoladas, empíricas'', afirma a investigadora da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Giovana Fabris. A análise geográfica avalia todos os aspectos da cena do crime na busca pelo autor. Também é feito um mapa mental, com os elementos de familiaridade dos suspeitos com os locais onde acontecem os crimes e proximidades.

A proposta da capacitação aos policiais é dar continuidade ao curso ministrado no ano passado por representantes do FBI (Federal Bureau of Investigation), sobre o perfil de criminosos e de assassinos em série. Entre os encaminhamentos do curso está a criação de um banco de dados estadual com assassinatos e características dos crimes.

Lúdico

Outra atuação da psicologia é o depoimento de crianças e adolescentes vítimas de violência. O atendimento evita causar mais trauma e constrangimento à vitíma. Para isso, ela é acompanhada por uma equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais, que realiza uma entrevista preparatória antes da audiência.

As salas onde acontecem as conversas criam um ambiente lúdico e agradável, para que as crianças se sintam à vontade. Durante o depoimento, a criança não tem contato com o agressor e os juízes, promotores e advogados utilizam uma linguagem menos formal. ''Esta técnica diminuiu em 80% o dano causado às crianças. É o único modo de tratar dignamente uma criança e adolescente em um processo criminal'', afirma a promotora da Vara de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, Carla Maccarini.

Em dois meses, a Vara vai inaugurar uma sala específica para a realização de depoimentos das crianças e adolescentes sem que elas participem da audiência. O depoimento será realizado por meio de câmeras, sem contato com os juízes e também com o acompanhamento de uma psicóloga. A Vara realiza em média, audiências referentes a cinco processos por semana. (C.G.B.)


(Texto de Carolina Gabardo Belo, do Jornal Folha de Londrina e ex-jornalista da Ciranda)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

À DONA DE MINHA SAUDADE

Vania, dona de minha saudade, tudo bem?

Graças a Deus, eu estou.

Conto-te: falei de você em Belo Horizonte, na leitura poética

que lá realizei terça-feira passada.

Falei de você duas vezes: sobre o poema "As Velas"

(1 e 2, sendo que o segundo surgiu por causa do seu trocadilho:

"felizes não são as velas, são as velhas") e "As Carroças".

Deus colocou a mão sobre esse momento poético e foi uma bênção.

As pessoas amaram, eu amei, extasiamo-nos todos.


Tudo para glória de Deus Pai.

Assim sendo, fique com Deus.


Z.


(Recado do jornalista, escritor e poeta Zeca Corrêa Leite. Ele foi o convidado especial da Edição do Terças Poéticas, que acontece às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes de Belo Horizonte - MG. Zeca foi à convite da também jornalista Lúcia Glük Camargo, presidente da Fundação Clóvis Salgado, que administra aquele espaço cultural. Foi mais um sucesso. E eu fico imensamente feliz e duplamente honrada: de ter Zeca em minha vida e ele ser esta figura humana, angelical, gênio das letras, sensibilidade ambulante, que mesmo no maior sucesso, lembra de me fazer um afago n'alma. Grata querido Zeca. VMW)

(Foto do Site http://www.teste2.pps/)