NO TÚNEL DO TEMPO!

Ah! Essas lembranças,

essas imagens
que são como rascunhos
das imagens de agora...

(Zeca Leite, na Folha de Londrina)

EXPERIMENTE AMAR!

"Quando eu amo,
alguém em particular,
eu consigo olhar o mundo
por duas janelas
que não se confundem:
a minha e a do ser amado".
E, assim, eu compreendo mais
e me torno melhor...


Beijossssssssssssssssssssssss

VMW

JOÃO LÉO E JESUS CRISTO

João Léo tem hoje exatos dois anos,

nove meses e alguns dias.
Na última semana, João Léo estava resfriado

e o pediatra prescreveu antibiótico,

o que lhe causou cólicas e outros males decorrentes...

Felizmente, já está bem melhor. Neste fim de semana, em uma noite bem fria, deitado na cama, entre o pai e a avó paterna, fez diversos relatos sobre o que se passou na escola, na casa de mãe dele e entre amigos.

De repente, sério, com as mãozinhas cruzadas embaixo da própria cabecinha, ele disse:

- Vovó, vochê sabia que eu fui vê Zesus Quisto?
- Não, querido! Não sabia. Como foi?
- Eu seguei lá, Eli mi pego no coió i disse: “Meu filho Zoão Léo!”.
- E daí, o que aconteceu?
- Ele fez massagi na minha gaganta, na baíga e nas coistas, igualzinho como ocês fazem ne mim. Depois, Ele me fez calinho e me deu beizinhos no losto.
- Foi bom?
- Eu salei, vovó.
- Sério?
- Sélio!
- E quem estava com Ele?
- Ninguém. Ele tava sozinho.
- E como você reconheceu Jesus Cristo?
- Puquê você mi mostrou Ele, lá na Igueja. Lemba, vovó?
Mas Zesus Quisto é muito mais indo, vovó. Ele bilha, bilha... Ele é indo!

Então, João Léo retirou as mãozinhas debaixo da própria cabeça, as colocou embaixo das cabeças do pai e da avó. Imediatamente ele as puxou, carinhosamente, para si e disse:
- Meeeeus filhos!

Silêncio absoluto. Emoção pura. Pai e avó tentavam entender aquela linda história.

Depois, com todos os mesmos detalhes, João Léo repetiu a mesma história para os tios, tias e para uma tia-bisavó.

Na noite de hoje, já na casa da mãe, João Léo conversou pelo telefone com a avó que lhe perguntou:

- Você visitou Jesus Cristo de novo?

- Não, vovó. Não vi mais Zesus Quisto.

VMW

ADEUS, WILSON BUENO

(Foto do Site www.germinaliteratura.com.br)

“Já inspecionei a proa,
amarrei a carga,
desatei a vela.

O vento sopra forte
e enfuna o meu coração
de alegria.

Agora é contigo, Senhor.

Toma o leme
E risca o rumo de meu barco
- não penses que irei por este mar sozinho.”


(Poema de Jamil Snege, lido durante o enterro do jornalista, poeta e escritor Wilson Bueno, na tarde desta terça-feira, 1º.06.2010, no Cemitério Santa Cândida, em Curitiba, pelo seu irmão adotivo, João Batista Santana)