quinta-feira, 15 de março de 2012

AYRES BRITO É ELEITO O NOVO PRESIDENTE DO STF


O Supremo Tribunal Federal terá um novo presidente. Nesta quarta-feira, 14, foi eleito o ministro Carlos Ayres Britto. Em 17 de abril, ele deverá substituir Cezar Peluso. No entanto, ao completar 70 anos, em novembro, Ayres Britto será obrigado a se aposentar. E, no lugar dele, entrará o vice-presidente eleito, Joaquim Barbosa.

O ministro Carlos Ayres Britto já relatou ações polêmicas e dá sentenças com sensibilidade e poesia. Exemplo deste seu modo de agir e pensar pode ser observado em seu voto favorável à liberação de pesquisas com células tronco.

Em um texto, com muitas metáforas, Ayres Britto distinguia o "embrião" da pessoa humana, na tentativa de rebater os argumentos de que a Constituição garantiria direitos a partir da fecundação.

"Ninguém afirma que a semente já é planta ou que a crisálida é uma borboleta", disse o ministro.

Ayres Britto terá mais um julgamento delicado pela frente. Ele deverá comandar o julgamento do processo
do mensalão, previsto para este ano.

Sergipano de Propriá, Ayres Britto formou-se em Direito pela Universidade Federal de Sergipe, e doutorado em Direito Constitucional pela PUC de São Paulo. Também poeta, Ayres Britto é membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Brasileira de Letras Jurídicas, sendo na área da literatura jurídica a que ele publicou mais títulos e teve maior projeção.

(Informações obtidas na Assessoria do STF. Foto: Divulgação)

sábado, 10 de março de 2012

AS MULHERES QUE ABALARAM O MUNDO



Há pessoas que pela história de vida,
pela atitude assumida,
pela generosidade, pelo amor ao próximo,
pelo senso de justiça,
 pela dignidade,
pela grandeza humana,
me emocionam.
Dilma Rousseff, sem dúvida, é uma dessas pessoas.
Que ela seja farol para as mulheres brasileiras
 e que Deus a proteja sempre!


A presidente Dilma Rousseff e a grafiteira carioca Panmela Castro estão na lista das 150 mulheres que “abalaram” o mundo, publicada nesta semana pela revista americana Newsweek.

Em seu blog, o deputado petista André Vargas reporta a Newsweek, que destacou que “de Detroit (EUA) até Cabul (Afeganistão), essas mulheres estão fazendo com que suas vozes sejam escutadas”.

A escolha de Dilma foi, segundo a revista, baseada não apenas por ser a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Brasil, mas por sua militância política. Já a carioca Panmela aparece na lista por seu ativismo social.

O ranking inclui a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, as americanas Oprah Winfrey, Meryl Streep, Angelina Jolie, Lady Gaga e Hillary Clinton.

Entre as 150 mulheres, também, a cantora britânica Adele, a ativista chinesa Mao Hengfeng, a chanceler alemã Angela Merkel e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.

domingo, 4 de março de 2012

CERCA DE 25 MIL PESSOAS CELEBRAM RÉVEILLON EM CURITIBA

Esta é a 2ª edição do Réveillon
Fora de Época realizado na Praça Espanha, em Curitiba

Queima de fogos de artifício, brindes com espumante, pessoas vestidas de branco se abraçando e desejando feliz ano novo uns aos outros. Esse foi o clima do Réveillon Fora de Época que reuniu cerca de 25 mil pessoas entre a noite de sábado, 03, e a madrugada de domingo na Praça da Espanha. A maioria dos participantes recebeu convites (ou simplesmente ficou sabendo sobre o evento) via redes sociais. A proposta era celebrar à meia-noite – cada um à sua maneira – o “verdadeiro” início de ano, seguindo o ditado popular de que no Brasil ele só se inicia depois do Carnaval.

Se em sua primeira edição, realizada em 2011, foram aproximadamente quatro mil pessoas que compareceram ao evento, neste ano o público foi seis vezes maior, segundo estimativa da Polícia Militar. E, diferentemente do ano passado, o local contou com uma estrutura mais apropriada. Policiais militares e guardas municipais fizeram a segurança de toda a praça, enquanto banheiros químicos foram instalados pela Prefeitura de Curitiba para atender os participantes.

Sem nenhuma programação cultural, o evento se resumia a grupos de pessoas bebendo, conversando e ouvindo música nos carros. À meia-noite, como no ano novo tradicional, houve queima de fogos e alguns participantes mais exaltados se banharam no chafariz da praça. Para a professora Danieli Fernandes, que acompanhou o evento pela primeira vez, a iniciativa foi válida. “É uma celebração da diversidade, com pessoas de classes sociais e tribos diferentes”, avaliou. “A partir do momento que as pessoas se mobilizam para um evento como esse, também podem se unir para brigar por coisas melhores”, acrescentou a gerente de vendas Bárbara Pilato.

Até a uma hora da manhã de domingo, a PM e a Guarda Municipal não haviam registrado nenhuma ocorrência no evento. Um dos problemas verificados no local, contudo, foi a não restrição a garrafas de vidro. Algumas pessoas procuravam atendimento após cortar o pé em cacos dessas garrafas. Também gerou reclamação o número pequeno de banheiros químicos, dez ao todo, disponibilizados em apenas um ponto da praça. “É muito pouco para todo esse pessoal que veio”, afirmou o estudante Ricardo Alvarez enquanto aguardava numa longa fila.

Nas primeiras horas da festa, alguns comerciantes se mostravam mais tranquilos com o aparato de segurança e a organização do trânsito na região. Ruas do entorno foram interditadas para facilitar o deslocamento dos participantes e evitar transtornos aos motoristas.

POLÊMICA

O evento deste fim de semana não teve uma organização formal e as pessoas foram convidadas a participar da festa por meio das redes sociais. A ideia desse réveillon, segundo um porta-voz que só deu entrevistas por e-mail, sem ser identificado, era mobilizar a população para um evento divertido e inusitado. Por isso mesmo, o grupo não se comprometeu a levar música, bebidas ou fogos de artifício, deixando a responsabilidade por conta dos participantes. Somente pelo Facebook, 56 mil pessoas foram convidadas a participar da festa. No fim da tarde de sábado,03, já passavam de 17 mil os que haviam confirmado presença.

Na versão de 2011, o réveillon fora de época deixou a Praça da Espanha com muito lixo no chão, carros com som alto e desrespeito ao meio ambiente. Os comerciantes sofreram também com a procura por banheiros nos seus estabelecimentos, sem que as pessoas consumissem algo no local.

A prefeitura não foi notificada oficialmente do evento, mas concordou em garantir a estrutura, apesar de afirmar que não apoia a festa. O órgão ainda ressaltou que a praça não comporta um evento desse porte. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também participou da discussão. O órgão enviou ofício à Secretaria Municipal de Meio Ambiente solicitando que o Executivo agisse para “impedir que este evento se realize sem o mínimo de condições e estrutura”.

(Texto de Anderson Gonçalves e foto de Marcelo Andrade veiculados no Jornal Gazeta do Povo neste domingo, 04.03.2012)