quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SENADO APROVA PEC DO DIPLOMA COM 65 VOTOS. AGORA É A VEZ DA CÂMARA FEDERAL

Em votação realizada na sessão desta quarta-feira (30), o Senado aprovou, com 65 votos favoráveis e 7 contrários, a PEC 33/2009, do Senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), que restitui a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. De norte a sul do país a categoria comemora.

A sessão do Senado foi acompanhada com José Carlos Torves e por José Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Francisco Nascimento, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, e Lincoln Macário, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que comemoraram após a divulgação do resultado no placar do plenário.

Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, a expressiva votação foi emblemática. “Representou o desejo do Senado de corrigir um erro histórico do STF contra a categoria profissional dos jornalistas”, disse. Ele agradeceu o esforço de todos os parlamentares que se empenharam pela aprovação da matéria, especialmente o autor da PEC, senador Valadares, e o relator, senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), e parabenizou a categoria e os Sindicatos de Jornalistas pela persistência nas mobilizações em defesa do diploma.

O diretor de Relações Institucionais da Federação, Sérgio Murillo de Andrade, também avalia que o Senado corrigiu um erro grave do STF, cometido em 2009, e que “surpreendeu toda a sociedade, que visivelmente passou a apoiar nossa luta pelo resgate da dignidade da profissão”.

Temporariamente “de alma lavada”, Sérgio Murillo lembra que o “primeiro round” desta luta foi vencido. “Devemos e merecemos comemorar, mas nossa mobilização tem que prosseguir cada vez mais forte para assegurar a vitória da restituição da exigência do diploma para o exercício da profissão tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados”, concluiu.

(Matéria veiculada pela FENAJ, nesta quarta-feira, 30.11.2011)

sábado, 12 de novembro de 2011

PARTE I - PRÉ-CANDIDATO, RATINHO JUNIOR FALA EM RESGATAR A “GENIALIDADE” DE CURITIBA

Deputado federal mais votado de 2010
se mostra crítico severo da mesmice do IPPUC,
dos radares e da falta de mobilidade urbana.
Para ele, a cidade precisa parar
de correr atrás do prejuízo e inovar.
Sobre quem apoiar no 2º turno:
“Nossa meta é estar no 2º turno,
então nem trabalhamos com essa hipótese”

Um político por vocação, que já deixou um bom legado e que se encaixa no perfil da nova safra de parlamentares que os brasileiros estão buscando. É assim que Carlos Roberto Massa Junior, mais conhecido como Ratinho Junior, se descreve. Com 30 anos o parlamentar, que foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2010, está arregaçando as mangas para conquistar um novo feito: ser eleito prefeito de Curitiba nas eleições do ano que vem. Sem apoio político de grandes partidos até o momento, Ratinho Junior revela em entrevista ao Jornal do Estado que apesar de não ter recebido o apoio de Osmar Dias (PDT), que foi seu candidato ao governo em 2010, seu projeto continua. Sem negar a frustração pela escolha do ex-senador por Gustavo Fruet, Ratinho Junior vibra com os apoios que vem conquistando dia a dia e faz críticas severas a atual gestão.

O IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), a segurança pública e a mobilidade urbana são os principais alvos do deputado federal, que diz que em uma possível gestão sua como Prefeito, daria prioridade a estas áreas e voltaria a deixar Curitiba com um planejamento para décadas. “Não podemos mais correr apenas de medidas paliativas”, afirma. “Curitiba precisa resgatar a sua genialidade”.

Em pouco menos de uma hora, o deputado demonstrou que mesmo não tendo ao seu lado o governador Beto Richa, considerado por ele o maior cabo eleitoral no Paraná, sua candidatura está embasada em projetos famosos com o metrô de Curitiba (que ele ajudou a viabilizar a verba) e no apoio de cabos eleitorais não menos famosos que o atual governador, a exemplo de seu pai, o apresentador de televisão Ratinho.

Jornal do Estado — Como o seu partido, o PSC, está se estruturando para a sua pré-candidatura à Prefeitura de Curitiba nas eleições de 2012?

Ratinho Júnior — Na verdade nós estamos nos organizando há um bom tempo não só em Curitiba, como em todo o Paraná. A ideia é ter o maior numero de candidatos a prefeito e obviamente fazer o maior número de prefeitos eleitos no ano que vem. Em Curitiba nos organizamos bastante com a chapa de vereadores. Buscamos bons candidatos, candidatos de médio porte, sem trazer nenhum figurão para formar uma chapa que desse a oportunidade para todos os candidatos terem chance.

JE — E como está a viabilidade da sua candidatura? Já existe alguns partidos fechados em torno do seu nome?

RJ — Alguns partidos têm conversado bastante com a gente. O PT do B, PR, PV, PC do B. São partidos que ainda não apresentaram candidatura própria e nem estão comprometidos com a candidatura do atual prefeito ou do Gustavo Fruet, então temos que buscar esses aliados. Com alguns a conversação já está bem avançada e com outros menos. O meu grande problema era viabilizar tempo de televisão. Uma candidatura à Prefeitura necessita de um tempo mínimo para disputar com condições de igualdade. O PT do B e o PR estão praticamente fechados conosco.

JE — Como está a sua relação com o Osmar Dias e o PDT pelo fato de eles terem lançado a candidatura de Gustavo Fruet, mesmo o senhor tendo apoiado o ex-senador na eleição para governador de 2010?

RJ — Confesso que eu tinha a expectativa de ter o apoio do PDT. Com a ida do Gustavo as portas se fecharam para ter esse apoio do PDT à nossa candidatura. Mas nós vamos avançar, não vamos ficar parados. Continuo tendo um bom relacionamento com o Osmar, mas não posso dizer que não me frustrou um pouco essa não reciprocidade com o meu projeto.

JE — E as conversas com o PT? O senhor chegou a comentar que queria ser o candidato da presidente Dilma em Curitiba?

RJ - Tenho conversado com algumas lideranças importantes do PT, que têm poder de decisão no partido, como os deputados federais Dr Rosinha e Angelo Vanhoni, o deputado estadual Tadeu Veneri. Espero que caso eles não tenham candidatura própria, me apóiem. Acho que é o natural. Nós sempre estivemos ao lado deles. Apoiamos a candidatura do Osmar, apoiamos a candidatura da Gleisi para senadora e prefeita de Curitiba. É natural que haja uma contrapartida de apoiamento ao nosso projeto.Há uma divisão dentro do partido porque muitos querem determinado candidato, outros querem candidatura própria, outros apóiam o Gustavo, outros me apóiam, mas acho que se fizer uma avaliação dentro da militância do PT o nosso nome vai ter uma grande vantagem perante os outros, até pela nossa fidelidade até hoje com esse projeto.

JE — Já existe algum direcionamento do seu partido caso haja 2º turno em Curitiba e o senhor não esteja entre os candidatos?

RJ — Nossa meta é estar no 2º turno, então nem trabalhamos com essa hipótese.

JE — Como o senhor avalia a cidade de Curitiba. Quais os pontos fortes e os fracos?

RJ — Os principais pontos fortes perante as demais capitais são a educação e saúde. Comparado com as demais, a cidade tem bons índices de aprovação nessas duas áreas. E os pontos fracos, na minha visão, são a mobilidade urbana, que ficou sem planejamento; a violência, que é indiretamente responsabilidade da Prefeitura; e também o enfraquecimento do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba).

JE — Esses pontos fracos seriam consequentemente os pilares de sua campanha?

RJ — Com certeza. Nosso grande objetivo é ser uma opção, um instrumento de soluções para os problemas da cidade. O IPPUC, que sempre foi o cérebro de Curitiba, uma referência na genialidade dos seus projetos, na busca de soluções, não é mais. O IPPUC sempre tinha as soluções para os problemas que ainda não existiam. Hoje não. Atualmente Curitiba corre atrás para tentar solucionar os problemas que já existem há alguns anos porque não foram solucionados. O IPPUC deixou de ser o grande cérebro da cidade. Tiraram do IPPUC e passaram para a Secretaria de Planejamento essa função estratégica de projetar a cidade para as próximas décadas. E o que aconteceu é que acabam se tomando decisões muito mais políticas do que técnicas. A nossa grande meta é poder trazer essa genialidade de novo para Curitiba. Hoje todas as decisões para resolver problemas são paliativas.

JE — Essa questão de falta de planejamento é um fator que levou aos problemas de mobilidade, citados pelo senhor?

RJ — Com certeza isso passa em especial pela mobilidade. Estive em Taiwan em maio e fui conhecer sistema de metrô deles, que teve investimentos desde 1994. Dezesseis anos depois, eles têm 100 quilômetros de metrô e até 2016 vão ter mais 40. Nós estamos tendo dificuldade de fazer 14. Vamos levar de seis a sete anos para conseguir fazer isso, que deveria ter sido planejado há muito tempo. Falta planejamento a longo prazo.


(Parte I do texto da jornalista Amanda Kasecker, foto de Valquir Aureliano, veiculados no Jornal do Estado e no Site http://www.bemparana.com.br/)

PARTE II - CONTRATOS - “PREFEITURA GASTA MUITO COM O ICI”

O que acontece na Câmara hoje
é justamente por dar a oportunidade de haver reeleição

JE — E a investigação em torno do presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso?

RJ — O que acontece na Câmara hoje é justamente por dar a oportunidade de haver reeleição. A reeleição é algo extremamente ruim, em especial para os poderes. Quando acontece a reeleição, se deixa de fazer a oxigenação. A Câmara de Curitiba deixou de fazer esta renovação, ficou perpetuando vários vereadores, em especial o Derosso, que já esta há 12 anos na presidência da casa.

JE — Em matéria recente do Jornal do Estado, foi revelado que a Prefeitura gasta mais dinheiro com o ICI (Instituto Curitiba Informática) do que com áreas como segurança, esporte e habitação. Além disso, o ICI já tem contrato com a administração até 2016. Como candidato e possível prefeito de Curitiba como avaliaria essa questão?

RJ — Primeiro faríamos uma análise jurídica do contrato para saber até que ponto pode-se rompê-lo ou ajustar aos padrões financeiros que achamos suficientes para manter produto desses. Eu, pessoalmente, acho muito caro o que a prefeitura gasta nessa área. Por exemplo, eu gastaria menos como ICI e gastaria mais com câmeras de segurança.

JE — Como é o seu relacionamento com o atual governador? O apoio dele à reeleição do atual prefeito é um complicador para sua candidatura?

RJ — Sempre me dei bem com o Beto Richa, apesar de não ter participado de nenhuma de suas eleições. Ele certamente é uma força política que vai atrapalhar, pois é um grande cabo eleitoral. Talvez hoje o maior cabo eleitoral para qualquer candidato.

JE — Um cabo eleitoral maior que seu pai?

RJ — Meu pai é um grande cabo eleitoral, mas não é político. O Beto é um dos homens públicos mais fortes. Mas acho que as pessoas vão chegar à conclusão de que o governador vai ajudar Curitiba independente do prefeito. O Beto gosta da cidade muito mais do que qualquer figura que possa representá-la. Nesse ponto tenho vantagem sobre todos os outros candidatos porque me dou bem em todas as esferas. Sou do conselho da presidente Dilma e tenho bom trânsito com o governador. Tenho certeza que minha candidatura é de construção de pontos. Não tenho nenhum apadrinhamento político e tenho independência na minha carreira que me dá possibilidade de buscar os melhores cérebros para fazer um bom trabalho.

JE — Já que falamos em seu pai, o apresentador Ratinho. Ele é um grande conselheiro seu em sua carreira política?

RJ — Meu pai dá pouco palpite na minha carreira. Ele obviamente torce e se orgulha. Até porque ele gosta de política, mas não gosta de ser político. Tenho certeza que se a candidatura realmente for viabilizada ele vai estar do meu lado, me apoiando, como pai.


(Parte II do texto da jornalista Amanda Kasecker, foto de Valquir Aureliano, veiculados no Jornal do Estado e no Site www.bemparana.com.br)

PARTE III - PROJETO - “NÃO TENHO PROBLEMA EM DIVIDIR FILHO BONITO”

"Posso dizer que motivamos
a discussão e tiramos o metrô do papel"

JE — Sobre o metrô de Curitiba, qual a sua participação neste projeto?

RJ — Posso dizer que motivamos a discussão e tiramos o metrô do papel. Quando eu me elegi deputado federal pela primeira vez, em 2007, sentei com alguns técnicos para saber o maior problema da cidade de Curitiba. Todos foram unânimes em dizer que era a mobilidade urbana e que Curitiba não tinha como escapar do metrô. Então eu fui atrás.Como já tínhamos o projeto, fui atrás do dinheiro. Fiz a emenda que entrou no PPA (Plano Plurianual) daquele ano. Isso era essencial porque toda grande obra precisa estar no PPA, senão a obra não sai. A emenda foi aprovada pela bancada do nosso estado e depois no plenário por unanimidade. Se hoje saiu esse R$ 1 bilhão para o metrô foi porque lá atrás nós conseguimos viabilizar esse dinheiro.

JE — Apesar de todo o seu esforço para o metrô sair do papel, certamente o atual prefeito também vai se utilizar desta obra como um dos feitos de sua campanha. Como fica a paternidade do projeto?

RJ — Não tenho problema em dividir filho bonito. Acho que foi uma grande ideia para as próximas décadas. Ele vai ter o bônus dele de poder lançar essa obra e nós tivemos o nosso por ter legalizado e conseguido esse recurso. As pessoas hoje têm essa clareza e nós temos documentação de tudo isso.

JE — Curitiba, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é a 5ª cidade com mais favelas no Brasil. Como o senhor vê a questão social da cidade?

RJ — É necessário avançar. Nós curitibanos temos uma cultura de não querer ver a plena realidade. E a saída é justamente ter mais agilidade nos processos da Cohab, que tem que ser mais operacional e dinâmica. Além disso temos que urbanizar essas áreas, levar investimentos para dar estrutura que a comunidade precisa.

JE — Como o senhor vê a criação da nova Secretaria de Trânsito?

RJ — A Urbs foi um descuido de muitos anos. Ela jamais, pela nossa constituição, poderia ter o poder de polícia que ela teve por todos estes anos. Como um órgão que não é fiscalizado pelo parlamento municipal pode fiscalizar o cidadão? É uma coisa sem nexo e que juridicamente é um desastre. Foi um grande relapso das autoridades que estavam comandando a cidade. Agora estão tentando reverter este problema. Pode ser uma saída jurídica para fazer a fiscalização decentemente.

JE — O senhor continua sendo um crítico dos radares?

RJ — Os radares se tornaram um negócio para a Prefeitura. Deixou de ser um instrumento de educação para ser instrumento de arrecadação da Prefeitura. Concordamos que o motorista tem que andar na lei, mas existe uma maneira correta para se aplicar os mecanismos para que isso aconteça. Manter uma mesma empresa por anos renovando uma licitação não é legal. No mínimo, não é ético. Essa questão da renovação de contratos ao invés de novas licitações é um vício de gestão. Acontece em várias prefeituras e em Curitiba não é diferente.

(Parte III do texto da jornalista Amanda Kasecker, foto de Valquir Aureliano, veiculados no Jornal do Estado e no Site http://www.bemparana.com.br/)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

QUEM VIU SABE: AS CATARATAS DO IGUAÇU SÃO UMA DAS MARAVILHAS DA NATUREZA. E ESTÁ ENTRE AS SETE MAIS BELAS DO MUNDO




É impossível ficar indiferente diante das Cataratas do Iguaçu. A primeira vez que eu me deparei com aquela maravilha da natureza eu tive mais uma vez a certeza da existência de Deus. E, emocionada, chorei e agradeci o privilégio. Eram muitos. Eu podia ver a assombrosa força daquelas águas espumantes, luminosas e fortes em fantásticas quedas d’água, furadas por frágeis andorinhas, que buscam construir seus ninhos naquelas rochas, atrás das águas. Hoje, 11.11.11, sexta-feira, a Fundação New Seven Wonders anunciou que as Cataratas do Iguaçu, ao lado da Floresta Amazônica estão entre as sete novas maravilhas do mundo moderno.

Voltando aos privilégios, eu podia ouvir o ensurdecedor ruído das fantásticas quedas d’água. Podia pegar nas águas, sentir os fortes respingos d’água molhar o meu rosto, meu corpo todo. Eu era parte daquele cenário de sonhos e magia ao caminhar pela passarela que atravessa o rio Iguaçu. Tantas e quantas vezes eu estiver lá, diante de uma das sete maravilhas do mundo, vou me emocionar, chorar e agradecer a Deus pelos meu sentidos e por estar viva. Por ter o privilégio de ter nascido nesta “terra abençoada por Deus e bonita por natureza. Que beleza!”

Além das Cataratas do Iguaçu e da Floresta Amazônica, também foram eleitos a Baía de Halong (Vietnã), a Ilha de Jeju (Coréia do Sul), o Parque Nacional de Komodo (Indonésia), o rio subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas) e a Table Mountain (África do Sul). A lista definitiva será divulgada em janeiro de 2012, depois de o processo de votação passar por uma auditoria independente.

O concurso começou em 2007 e reuniu mais de 440 candidatos de 200 países. Dois anos depois, um júri formado por sete especialistas – entre eles diretores da Unesco e da Fundação suíça – definiram os 28 finalistas, com representantes dos cinco continentes. A escolha final foi definida pelo voto popular que mobilizou milhares de pessoas, organizações, esportistas, artistas e celebridades em todo o mundo em prol de algumas candidaturas. E, tenho certeza, contou com o seu voto e com o meu.

A próxima disputa organizada pela New Seven Wonder escolherá as Sete Cidades Maravilhosas do Mundo. Vamos lá, eleger o Rio de Janeiro com as suas maravilhas naturais, sua gente hospitaleira e linda, junto com o Cristo Redentor.

(Texto e fotos de Vania Mara Welte, exceto a última)