segunda-feira, 23 de maio de 2011

DELEGADO DIZ QUE ‘CASO EVANDRO’ FOI UMA FARSA PARA ACUSAR FAMÍLIA ABAGGE

Delegado Luís Carlos Oliveira
aponta quem seria o culpado

Na semana em que Beatriz Cordeiro Abagge (43) será julgada, pelo caso da morte de Evandro Ramos Caetano, ocorrida em abril de 1992, na cidade de Guaratuba, litoral do Paraná, em um suposto caso de magia negra, o delegado de polícia Luis Carlos Oliveira, atual responsável pela Delegacia de Crimes contra o Patrimônio, que investigou o caso na época, defende que a versão que consta nos autos não passa de uma farsa montada para incriminar Beatriz e as outras seis pessoas acusadas do crime.

Para Oliveira, uma encenação foi montada na intenção de prejudicar a família Abagge. O prefeito de Guaratuba, na ocasião, era Aldo Abagge, pai de Beatriz e casado com Celina Abagge, também suspeita do crime contra o menino Evandro. “O verdadeiro responsável disso, que cresceu com um sentido de vingança, é Diógenes Caetano. Ele cresceu acreditando que o motivo da separação dos pais teria um sido um caso que o pai, ex-prefeito de Guaratuba, teria vivido com Celina Abagge, quando ele era ainda um adolescente. Foi o Diógenes quem causou tudo, que levou e induziu a polícia ao erro. E a polícia, a partir do momento em que se deixou levar, não tinha mais retorno”, afirmou o delegado.

Ainda segundo Luis Carlos Oliveira, as confissões assinadas por Beatriz e Celina, foram obtidas sob tortura. “Beatriz e Celina foram torturadas e seviciadas, e somente confessaram o crime por este motivo”, disse Oliveira. O delegado concluiu, após as investigações da época, que Evandro pode ter sido sequestrado, para ser vendido no exterior, por quadrilhas que, na época, praticavam este tipo de crime. Mesmo fim, de acordo com o delegado Luis Carlos, de Leandro Bossi, outro menino que também desapareceu do município de Guaratuba, em fevereiro de 1992.

O julgamento de Beatriz Abagge acontecerá no 2.º Tribunal do Júri de Curitiba, atuando na acusação a promotora Lúcia Inez Giacomitti Andrich.Além de Beatriz, a mãe dela, Celina Cordeiro Abagge, também deveria ir a novo júri popular, mas por já ter mais de 70 anos ficou inimputável pela legislação brasileira.

Ambas protagonizaram, em 1998, o mais longo júri da história do Brasil (34 dias) e foram absolvidas. O Ministério Público recorreu e conseguiu a anulação daquele julgamento. Dos outros cinco acusados (todos homens), três foram condenados a penas superiores a 18 anos de prisão e dois foram absolvidos.


(Foto Divulgação PC. Texto dos jornalistas Sergio Silva e Antonio Nascimento da Banda B, veiculado no Blog do jornalista Fábio Campana, nesta segunda-feira, 23.05.2011)

2 comentários:

Mila disse...

Olá Vânia, tudo bom?

Sou estudante de Eng. Ambiental e encontrei seu blog em uma pesquisa sobre o Rio Juvevê. Gostaria de usar algumas fotos suas para um trabalho que estou desenvolvendo sobre a bacia do rio Juvevê.
Poderia usá-las citando a fonte?

Obrigada

Anônimo disse...

Cara Mila!

Desculpe-me não ter visto o seu comentário antes. Fiquei e fico tempos sem poder acessar o meu Blog. Há alguma falha técnica que não conseguimos superar. E, então, nesta busca da solução do problema encontramos a sua mensagem.
Faz tempo...
Mas, se ainda quiser, pode pegar sim, as fotos, apenas dê os devidos créditos.

Grata por vir a esta página.

Abraços fraternos;

VMWelte