quinta-feira, 28 de julho de 2011

O CÓDIGO DE HONRA DA MULHER CELTA

"Jamais permitas que algum homem te escravize, nascestes livre para amar e não para ser escrava.

Jamais permitas que teu coração sofra em nome do amor.
Amar é um ato de felicidade, por quê sofrer?

Jamais permitas que teus olhos derramem lágrimas por alguém que jamais fará você sorrir!

Jamais permitas que o uso do teu próprio corpo seja cerceado. O corpo é moradia do espírito, por quê mantê-lo aprisionado?

Jamais te permitas ficar horas esperando por alguém que jamais virá, mesmo tendo prometido.

Jamais permitas que teu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome tu sequer sabes!

Jamais permitas que teu tempo, corpo e coração sejam desperdiçados por alguém que nunca terá tempo para ti.

Jamais permitas ouvir gritos em teu ouvido.
O Amor é o único que pode falar mais alto!

Jamais permitas que paixões desenfreadas te transportem de um mundo real para outro que nunca existiu.

Jamais permitas que os outros sonhos se misturem aos teus, fazendo-os virar um grande pesadelo.

Jamais acredites que alguém possa voltar quando nunca esteve presente.

Jamais permitas que teu útero gere um filho que nunca terá um pai.

Jamais permitas viver na dependência de um homem como se tu tivesses nascido inválida.

Jamais permitas que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho de teus olhos te dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de ti.

E, sobretudo, jamais permitas perder a tua dignidade de ser mulher!"


AS MULHERES CELTAS

(... para aquelas que carregam o DNA da mulher celta)

Um exército inteiro de romanos, era incapaz de deter um punhado de galeses, quando esses pedissem ajuda a suas mulheres. Elas surgiam convertidas em verdadeiras "fúrias": inchando o peito, relinchando como cavalos selvagens e rangendo os dentes, se atiravam sobre os adversários dando patadas, mordidas e praticando ações tão fulminantes, que todos diziam que elas se convertiam em verdadeiras catapultas. Eram umas lobas que, à céu aberto, lutavam raivosamente para proteger sua tribo.

O conceito celta da mulher se diferenciava do que tiveram os gregos e romanos.

As funções que desempenhava rompiam padrões, causando impacto e assombro entre os escritores, ou historiadores contemporâneos dos celtas, que deixaram suas impressões escritas. A impressão geral que se obteve da mulher celta de antigamente, foi que ocupou um privilegiado lugar, se compararmos com outras mulheres de outras sociedades da época em que viveu. Sua importante função se desenvolveu em "pé de igualdade" com os homens, tanto de direito, quanto de dever.

As mulheres celtas foram tão boas guerreiras quanto os homens, muito temidas por sua valentia e força, pois não eram vencidas fisicamente com facilidade. Elas sempre os precediam nas lutas, muitas vezes, surgiam nos campos de batalha como verdadeiras feras. Nuas, gritavam, uivavam, insultavam o inimigo com palavras, empunhando lanças e imitando a Deusa Guerreira "Morrigan". Se fosse preciso, mostravam suas nádegas como uma ato de desrespeito ao inimigo, ao puro estilo celta.

A mulher da Velha Irlanda, único lugar que nunca foi visitado pelas legiões romanas, manteve sua independência até o século XII e uns três séculos mais, estava ainda em plano de igualdade com o homem. Ela não foi derrotada em luta pelos romanos, mas sim pelo cristianismo. Podemos dizer, que a mulher celta foi a grande precursora do feminismo moderno.

Antigas lendas falam de mulheres sábias, médicas, legisladoras, druidesas, poetisas, indicando que as mulheres ocuparam essas posições dentro da sociedade. Tampouco eram excluídas do privilégio da educação, pois existem numerosos registros a respeito. Também houve mulheres que governaram e esposas de governantes muito populares, assim como também guerreiras. Podiam ainda, ostentar o mando militar, como foi a caso de Boudicca, a Rainha e Capitã da Tribo dos Iceni britânicos, cujas ações bélicas foram consideradas as mais sangrentas realizadas pelos celtas.

Uma mulher divorciada retinha suas propriedades, mais o dote, o qual, no sistema legal Brehon, era requerido tanto pelo marido, como pela mulher (consistia usualmente em bois, cavalos, escudo, lanças e espadas). A esposa também podia exigir um terço ou a metade da riqueza do marido.

O sexo não era encarado em rígidos termos moralistas:
  • uma mulher não era "culpada" de adultério se tivesse relações extraconjugais;
  • uma mulher podia escolher seu marido (a maioria dos povos dessa época, permitia unicamente que o homem escolhesse uma esposa);
  • os casamentos tinham duração de um ano, quando podiam ser renovados se houvesse mútuo consentimento;
  • a homossexualidade masculina era comum e aceita, especialmente entre guerreiros.

Quanto às druidesas, embora alguns autores neguem a sua existência por não terem sido mencionadas por alguns historiadores da época como Júlio César, o qual nunca chegou até as ilhas, de onde provinham todos os relatos acerca das sacerdotisas. Entretanto, Pomponio Mela faz um relato sobre elas quando acompanhou Adriano até as ilhas britânicas: "havia na alta Caledônia mulheres sacerdotisas chamadas Bandruidh que, iguais aos druidas varões, estão divididas em três categorias..." e segue detalhando sobre o lugar que ocupavam na sociedade e as funções que exerciam.

As lendas nos narram episódios onde mulheres druidas eram relevantes na história, assim: Gáine como uma chefe druida, Aoife ou Aife, irmã de Deusa Scâthach, que com sua varinha converte em cisnes os filhos de Lyr. A Biróg, outra druidesa, que ajudou Cian a conhecer Eithlinn, feito muito relevante na mitologia Celta Irlandesa, pois dele nasceria posteriormente Lugh.

Muito embora a mulher celta fosse uma guerreira, ela se preocupava com a aparência. Trançava os cabelos, usava muitos adornos e até pequenos sinos em suas roupas para atrair a atenção do sexo oposto. Forte, mas feminina, pois sabia que era a única do gênero humano que podia dar vida. Sem descendência, não haveria família, nem clã, nem tribo. Com escassa descendência, sua tribo se tornaria menos numerosa, possuindo menos recursos, menos mãos para o cultivo e para guerra.

2 comentários:

Anônimo disse...

Fantastica a postagem, adorei!

Anônimo disse...

Olá!

Grata pela sua participação.
Continue aqui.

Abraços fraternos;

VMWelte