sexta-feira, 22 de outubro de 2010

RATINHO JUNIOR, UM POLÍTICO COM POSIÇÕES CLARAS E CORAJOSAS



“Eu fiquei fascinado com a questão do aborto
sendo discutida pelos políticos.
Tenho posição a favor do ser humano
e as pessoas devem entender que
os políticos têm posições, sim”,
disse o deputado federal do PSC,
em entrevista à jornalista Joice Hasselmann


Com perguntas polêmicas e desafiadoras, a jornalista Joice Hasselmann, a pimenta nativa, mostrou na manhã desta sexta-feira, 22, aos ouvintes da Rádio Bandnews as razões pelas quais o deputado federal Ratinho Junior, também presidente estadual do PSC no Paraná, foi legitimado na Câmara Federal por 358.924 votos, nestas últimas eleições de 2010. Sem qualquer receio, Ratinho Junior se posicionou sobre delicados e difíceis temas como casamento entre homossexuais, homofobia, indústria da multa de trânsito, metrô, reeleição de mesas diretoras legislativas, assinatura de ponto, o novo Governo do Paraná e eleições à Prefeitura de Curitiba em 2012, entre outros temas. “Eu pertenço a um partido cristão. Sou a favor da liberdade, inclusive de opção sexual, e não da libertinagem. Eu fiquei fascinado com a questão do aborto sendo discutida pelos políticos. Tenho posição a favor do ser humano e as pessoas devem entender que os políticos têm posições, sim”.

Eis as principais respostas de Ratinho Junior:

METRÔ – “Em 2007 o sistema de transporte de Curitiba começou a ficar defasado. Minha equipe e eu pensamos na solução do metrô para dar uma melhor qualidade de vida à população. Nós fomos verificar esta questão na Prefeitura Municipal de Curitiba. Lá, obtivemos a resposta de que havia o projeto, mas precisava de recursos para sair do papel. Então, eu fui buscar o recurso financeiro. Em julho daquele ano, o metrô entrou na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Em dezembro, a verba para a construção do Metrô de Curitiba foi garantida no Plano Plurianual de Investimentos, o PPA 2008/2011, com o apoio de toda a bancada do Paraná. Com o apoio também do presidente Lula, garantimos o metrô no orçamento da União. Mas, para nosso espanto, na Prefeitura de Curitiba não havia o projeto, nem de viabilidade econômica, nem de engenharia ou de licença ambiental. O que a Prefeitura deve fazer agora? Começar pelo projeto de licença ambiental. A verdade é que, nos últimos 10 ou 15 anos, não se pensou em mudar o sistema de transporte urbano de Curitiba. Assim, a cidade perdeu a vanguarda. E por quê não se mexe nisto? Porque há um lobby que garante as eleições à Prefeitura. De nossa parte, nós entramos 2010 com o metrô de Curitiba na agenda de negociações do governo federal e municipal. Agora, é só esperar”.


PREFEITURA DE CURITIBA e A MÁFIA DOS RADARES – “A Prefeitura de Curitiba é um de seus alvos em 2012?” – perguntou Joice.

“Você me perguntou antes sobre os radares de Curitiba. Eu não me esqueci e vou responder agora. A questão radares se transformou, em Curitiba, na máfia dos radares porque é um tipo de arrecadação da Prefeitura e perdeu a sua finalidade educacional. Por quê não continuar com as lombadas eletrônicas que dão avisos ao motorista? Não. E isto começou na administração de Cassio Taniguchi. Uma empresa conseguiu ganhar a licitação dos radares e, sem licitação, esses serviços foram prorrogados. Depois, sem qualquer fiscalização, deram um jeito, com uma licitação, de prorrogar este contrato com esta mesma empresa. Obviamente há algo de errado. Quanto a eu ser candidato à Prefeitura de Curitiba, seria uma leviandade eu dizer isto, porque saí das urnas agora para a Câmara Federal. Curitiba é uma cidade muito exigente. Quando a Nestlé quer lançar um produto no país, vem testar aqui, em Curitiba. Assim receber cerca de 12% dos votos da população de Curitiba é uma grande honra e alegria para mim. E quando começam a colocar o seu nome como um possível candidato à Prefeitura é uma grande honra. Curitiba é uma vitrine nacional. Além disto é uma honra e um orgulho para quem administra a cidade. Curitiba tem um dos maiorers PIBs do Brasil. Mas não posso sair de uma eleição com quase 360 mil votos e dizer que agora sou candidato. E ninguém consegue gerir Curitiba sozinho. Temos de ouvir as pessoas, o partido… Joice, como diz o Zeca Pagodinho: deixa a vida me levar, No momento, eu devo representar, em Brasília, muito bem o povo do Paraná. O povo busca, hoje, representantes com grande credibilidade.


PROJETO DE LEI 122, NÃO À HOMOFOBIA – “Qual é a sua posição sobre o Projeto de Lei 122?”, questionou.

“Não sou homofóbico. Eu tenho amigos entre os GLTs. Tenho princípios cristãos. Não podemos segregar ninguém. Temos de respeitar a todos, a todas as opções. Mas não sou a favor do casamento homossexual. Casamento é uma questão religiosa. A discriminação deve ser banida. Mas não podemos confundir liberdade com libertinagem. Eu tenho filhas. Eu não quero que a minha filha de sete anos veja dois homens se beijando em praça pública. Isto eu não quero para a minha filha. Eu fiquei fascinado com a questão do aborto sendo discutida pelos políticos. Tenho posição a favor do ser humano e as pessoas devem entender que os políticos têm posições, sim. Devem deixar bem claro os seus posicionamentos para que a população os conheça bem. O Projeto de Lei 122 torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. Eu sou a favor disto, mas há muitas outras coisas a serem discutidas, porque o projeto também fala sobre casamento gay e eu sou contrário a isto. Acho que pode haver uma união civil. Isto sim. Eu sou a favor de jamais desrespeitar a opção sexual de qualquer pessoa. Mas reforço as leis e a família como pontos fundamentais para se manter uma linha de conduta, de ordem no país”.


VOLTANDO À INDÚSTRIA DAS MULTAS – Joice reproduz a pergunta de um ouvinte: “aonde está a indústria da multa se só se multa quem ultrapassa a velocidade?”

“O ouvinte está certo. Mas eu só disse que, antes, os radares tinham um perfil educacional. Hoje, não têm mais”.


“BATER O PONTO NA CÂMARA FEDERAL E VIAJAR É CORRETO?” – (pergunta de outro ouvinte, reproduzida por Joice Hasselmann, que afirmou ter o cidadão duvidado que ela transmitisse a questão ao deputado Ratinho Junior)

“Eu nunca bati o ponto na Câmara Federal e saí para ir à praia. Eu bato o ponto para ir trabalhar em algum outro lugar. Muitas vezes para falar com algum ministro e, certamente, não para falar com ele de futebol, mas para falar em favor de alguma ação para o Paraná”.


PROJETO DE LEI 426 - “Este Projeto de Lei de sua autoria quer acabar com a reeleição nas mesas diretoras legislativas?”, pergunta Joice.

“A idéia é tentar melhorar a imagem e a prática legislativa. Queremos uma linha próxima ao Congresso Nacional. Não que o Congresso seja sempre exemplar. Mas esta questão de não reeleger a mesma diretoria é salutar. Veja, o deputado Arlindo Chinaglia é um bom deputado, mas ele foi um péssimo presidente na Câmara Federal. Ele demorava muito para trabalhar as questões. E isto travava a Casa. Travava todo o processo legislativo. Já, o deputado Michel Temer, mais experiente, mudou o ritmo e acelerou os trabalhos. Mas não significa que ele deva se perpetuar na presidência. Há muitos presidentes que têm vereadores e deputados embaixo do braço. Isto tem de acabar. Esta coisa do toma lá, dá cá, deve acabar no Brasil”.


APOIO AO NOVO GOVERNADOR DO PARANÁ – “O seu apoio foi para o candidato Osmar Dias, como vai ser agora com o novo governador Beto Richa?”

“Eu não posso sair rancoroso das eleições. Eu apoiei o Osmar Dias e ele não foi eleito. Venceu Beto Richa. Eu quero que Beto Richa faça um bom governo, um bom trabalho. Um dia, ele e eu vamos deixar a política, mas o Paraná fica, permanece. Então, é pelo Paraná que devemos lutar. O Beto Richa tem um posicionamento diferente de Roberto Requião. Beto Richa tem diálogo e será mais fácil trabalhar na parte coletiva. Ele tem do lado dele parlamentares com bom trânsito no Paraná. Nós vamos ajudar no que for bom para a população, para o Paraná”.


AGRADECIMENTOS – “Foi um jogo duro, mas foi bom. Obrigada deputado”.

“Sou eu quem agradece a oportunidade”.

Da Assessoria de Imprensa

(41) 3352 9297 e 3076 3350

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