Jovem de 18 anos, morador de São Carlos, declarou que não conhecia a vítima e que não esteve em Londrina (PR) em outubro
Um suspeito da morte da universitária Amanda Rossi, em 27 de outubro, foi apresentado na manhã desta segunda-feira (31) à imprensa londrinense, mas o delegado-chefe da 10.a Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, deixou claro que se trata de apenas um "suspeito" da autoria do crime. Até agora, a Polícia não dispõe de provas suficientes para incriminar Luan da Silva Freitas, de 18 anos, morador em São Carlos, interior paulista.
Os policiais chegaram ao suspeito a partir de denúncia anônima e cruzamento de informações no computador pessoal da vítima, que tinha 21 anos e foi morta logo após uma apresentação de dança de hip hop na Unopar, instituição onde cursava Educação Física. O assassinato foi cometido no campus da universidade, em um sábado. O corpo de Amanda foi encontrado na manhã da segunda-feira, dia 29, na casa de máquinas das piscinas da Unopar.
Luan da Silva Freitas nega envolvimento no crime e declarou à Polícia que sequer conhecia Amanda Rossi. Ele afirmou que só veio a Londrina uma vez, há dois anos, e não manteve nenhum contato com a vítima. O rapaz é dançarino de hip hop e tinha, na pensão onde residia, no interior paulista, recortes de jornais sobre o assassinato cometido em Londrina.
O suspeito está em uma cela individual no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina e teve prisão temporária decretada por 30 dias (porque não teria residência fixa), prazo que a Polícia tem para reunir alguma prova contra ele para poder seguir com o processo criminal.
Ele foi apresentado à imprensa, mas a polícia não permitiu que desse entrevistas. O rapaz estava tranqüilo e em momento algum escondeu o rosto. Ele não teria envolvimento anterior com ocorrências policiais. As investigações em torno do caso continuam.
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Comentário publicado em 02/01/2008 no Jornal Folha de Londrina
Notícia comentada:
"Polícia apresenta suspeito de matar Amanda. Acusado nega" (31/12/2007)
AUTOR: Zeca Corrêa Leite (zeca em torrea ponto com ponto br)
Acho muito estranho a polícia prender um suspeito sem qualquer prova que o desabone, e ainda por cima expô-lo à curiosidade pública, através da imprensa. É dever da imprensa questionar a validade do processo adotado pelas autoridades policiais de Londrina.
Há um açodamento anormal nesta prisão, como se fosse uma resposta à falta da elucidação da morte da estudante. Não é só prendendo, como também não é torturando presos e exigindo confissões, que se alcança a justiça.
A meu ver a imprensa tem o dever de se mostrar à altura de sua dignidade, exigindo das autoridades explicações cabíveis para esta pressa e este carnaval extemporâneo.
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Vania:
Li a notícia acima e opinei sobre a matéria. Estou mandando a você a matéria e a opinião, não sei bem porque. Se não quiser nem ler, tudo bem, é da lei.
Abraços;
Zeca.
7 comentários:
Como fala a matéria é um suspeito, jamais deveriam colocar imagens e denegrir com a dignidade da pessoa acusada.
Poderia-se falar em culpa somente após transito julgado de sentença condenatória.
Após as "penas" jogadas ao vento, como voltar atrás??
Sempre a mesma história, sempre o mesmo sensacionalismo.....
"Eu defendo a lei e sou contra os criminosos. Quero que todos paguem pelo que fazem, mas só quem define quem é criminoso é a Justiça e não uma ideologia que cria outras espécies de categorias de pessoas.."
Beatriz
Luan é mais um dos tantos brasileiros que estão detidos sem prova alguma de participação em um crime.
Mesmo se culpado, não existem provas que o condenem até o momento, mas ele está lá;.
Muitos casos similares ocorrem em "nossa" pátria, transformando presídios em depósito daquilo que as elites classificam como "potenciais criminosos", ou seja, gente de baixa renda, que não teve oportunidade de um estudo de qualidade (se teve oportunidade de estudar) e opções de lazer.
Qualquer comportamento fora dos padrões impostos à sociedade é condenado, na ocasião, o hip hop torna o garoto uma verdadeira ameaça.
Antes, baniam dos shoppings e centros comerciais destinados a classe édia e alta. O próximo passo será banir das ruas...?
Lessa
São também responsáveis pela injustiça todos os que não agem em favor da justiça na medida dos meios de que dispõem, e ficam passivos por temerem os sacrifícios e riscos pessoais que implica toda ação audaciosa e realmente eficaz". (Medellín - Paz)
Olá sou Luan , O mesmo acusado crime. Primeiramente venho aqui a agradeçer a essas pessoas que comentaram nesta site a favor da minha pessoa, e a uma justiça mais digna neste pais.
Olá, Luan!
Seja bem vindo neste espaço.
Ele está à disposição de todas as pessoas que se sentem injustiçadas, feridas, magoadas...
Portanto, nada tem a agradecer.
Saiba apenas que há pessoas
de bem, justas e solidárias
ao sofrimento e à injustiça alheia.
Afinal, somos
uma única humanidade.
Somos feitos dos mesmos sonhos, sofrimentos, ideais, sensibilidades e tudo o mais.
Para você, Luan, passo uma oração que a nossa amada e falecida mãe nos ensinou:
"nos momentos serenos,
agradecer a Deus.
Nos momenstos de crise e desespero,
confiar em Deus".
Pois, em Deus e na verdade estão nossa maior força e resistência.
Abraços fraternos;
Vania Mara Welte
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