Simplesmente, Ana Welte
(Foto de VMW)
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura,
ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve
e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Poema de Carlos Drummond de Andrade
2 comentários:
muito linda a homenagem, fiquei emocionado,quantas saudades. parabens.
valmir
Olá, querido
Esta é apenas uma das muitas lembranças que ela nos deixou. Mas, Ana Welte, uma pessoa rara e muito especial, é muito mais do que tudo isso.
Saudades imensas...
Beijos, com carinho;
Vania Mara Welte
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