na noite em que as presidiárias mostraram suas criações
por Vania Mara Welte*
Assim eu explico o trabalho sobre o livro, ainda não publicado, ao qual eu dei o título: “Uma lenda urbana - AS BRUXAS DE GUARATUBA - a tragédia das Abagge” Neste momento, é com enorme pesar que eu vejo, 11 anos depois da sentença “Inocentes”, proferida após análise do Júri mais longo da história jurídica deste país - 34 dias, noites e madrugadas -, as Abagge, Celina, aos 70 anos de idade, e Beatriz, depois de ter perdido os melhores anos de sua juventude, serem obrigadas a reviver toda a tragédia de uma acusação injusta.
Mas, afinal, quem se dará ao trabalho de ler todas as milhares de páginas deste Processo para reconhecer que os sete acusados são inocentes? É doloroso saber que a tragédia se repete, depois de testemunhar o sofrimento de todas essas famílias que tiveram perdas de vidas, de familiares que não suportaram tantas humilhações, constrangimentos e dor e, em especial, das crianças que eram convidadas a se retirarem de suas escolas.
Afinal, elas eram filhas, sobrinhas, sobrinhos, netas e netos das “bruxas de Guaratuba”. E, pior ainda, na cabeça de muitas pessoas as crianças da família Abagge continuam sendo vistas desta maneira equivocada. Na sua inocência, em relação a coleguinhas, as crianças conseguem ser muito cruéis, principalmente, quando reproduzem pensamentos de adultos, mal informados ou mal intencionados.
Mas o que também me fere profundamente, nesta história, é saber que nós, jornalistas irresponsáveis, demos nossa contribuição profissional para que mais uma injustiça se perpetre neste país de injustiçados e oprimidos. Oxalá a gente aprenda alguma coisa com todas essas tragédias, que ainda escondem a morte e o desaparecimento de dezenas de crianças no Paraná. Sem falar no sofrimento desses pobres pais e familiares.
Não por outro motivo o meu livro termina com uma frase de Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons”.
—————————————
O trabalho do meu livro ainda inédito serve, no momento, de base a um documentário realizado pelo cineasta José Nachreiner. Ele é mestre, nas Faculdades Curitiba, nas disciplinas de cinema e redação para bacharelados de Comunicação Social.
Após o debruçar na tarefa jornalística, durante longos e penosos meses e anos, sobre o caso que ficou conhecido no país como o das “Bruxas de Guaratuba”, e descobrir o outro lado da verdade, escrita no próprio processo que compilou mais de 70 volumes, com quase 10 mil páginas, em centenas de diversos documentos, nos testemunhos e por meio de centenas de entrevistas com pessoas que conviveram com os acusados, nos mais diversos pontos do país, das mais simples às mais requintadas, sob todos os pontos de vista, passando por empregados, parentes, vizinhos, amigos, delegados, médicos, advogados, juizes e por peritos, era necessário ouvir a históriado lado de dentro dos acontecimentos. Direto do olho do furacão.
Daí a necessidade de recontar os detalhes para tentar entender a própria condição humana dos atores e das vítimas, que tiveram suas vidas destroçadas e, mesmo assim, sobreviveram. Durante os relatos dessas pessoas, reviver o drama, em oito anos de entrevistas para fazer o livro, foi sofrer mais uma vez. Houve muitas pausas para poder chorar todo o pranto, toda a dor que ainda, por vezes, sufoca. Desta vez, livremente. E, recuperadas as forças e a fé, continuar o destino solitário de cada ser.
Mas, nos relatos, se evidencia que as suas vidas foram roubadas. São vidas que poderiam ter sido e não foram. Essa é a verdade mais íntima e dolorosa de cada uma. Afinal, já dizia Jean-Paul Sartre: “Maior do que a minha fome de compreensão é a minha ânsia de viver”.
*Vania Mara Welte é jornalista
Presidente do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Paraná e presidente da Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência
Postado em 27 abril 2009 às 8:28 e está arquivando em Sem categoria.
19 Comentários para “O outro lado da tragédia”
Fábio Diz: 27 abr 2009 - 09:49
Grande Vânia. Causa justa e nobre.
Ana Diz: 27 abr 2009 - 10:27
Ao que consta. As “bruxas” estavam ocupadas com seu guru em conseguir mais poder para suas vidas.
E a vítima, como fica nessa caso. Já morreu mesmo, não?
Osdrovaldo Diz: 27 abr 2009 - 10:37
Caso confuso , cheio de versões, de defensores poderosos, de dúvidas, de terror, de idas e vindas.
Mas o fato é que um menino foi torturado e morto por um ou mais enviados de satã…
Michel Diz: 27 abr 2009 - 10:42
Grande Vânia² Sem dúvidas um dos mais importantes capítulos da minha formação em Jornalismo.
Dafne Pérola Diz: 27 abr 2009 - 13:30
Confio em Deus. Que Ele possa estar sempre ajudando esta família a passar por esta cruz.
Parabéns Vânia! Que Deus continue lhe ajudando a escrever e fazer a Justiça abrir os olhos…
Caio Castro Lima Diz: 27 abr 2009 - 14:18
Parabéns, Vania! Você é um grande jornalista e uma grande pessoa e personagem.
João José, JJ Diz: 27 abr 2009 - 15:04
É um absurdo o que fizeram com estas mulheres, por causa de uma rixa política.
Laura Sica Diz: 27 abr 2009 - 16:29
Parabéns Vania. Ainda tenho guardadas as suas matérias do Hora H. Belíssimo trabalho!! Aguardo o livro!!
Olhar de lince Diz: 27 abr 2009 - 18:04
Um caso polêmico e com impressões digitais inconfessáveis por debaixo dos panos… Uma história com um quê de politicagem, vingança e difamação. E, pelo jeito, com gente, cuja alma não consegue sair da lama. Lamentável para essa família.
Pé Vermelho Diz: 27 abr 2009 - 18:15
Lí num para-brisas: Deus é o meu provedor. Que seja também o provedor destas mulheres. Daqui de Barra, Vania, os meus mais sinceros cumprimentos!
Vania Mara Welte Diz: 27 abr 2009 - 22:23
Fábio, só você e Michel para me saudarem assim: “grande Vania”. Sim, Fábio esta é uma causa justa. Infelizmente, repleta de injustiça e dor para muitas famílias e também para as pessoas que se derramam em sensibilidade. /
Michel, fico imensamente feliz em saber que pude contribuir de forma positiva para a sua formação profissional. É um lindo presente. /
Dafne, receber o seu apoio é muito gratificante. /
Caio, sou apenas um instrumento de nossa profissão. Grandes são vocês, é você. /
João José, além das duas Abagge, há ainda os cinco homens, atingidos pela mesma acusação. Mas a ratificação da inocência de dois deles, já prova que este processo todo está cheio de erros. Aliás, até peritos confirmam esta verdade. Arthur Drischel, que assinou o laudo do suposto corpo de Evandro Cetano, pediu às autoridades que se considerassem o documento porque, aquele, não poderia ser o corpo de Evandro Caetano. Era muito grande. Drischel também relatou como teve de entregar uma cópia deste documento a policiais militares, à noite, às vésperas da prisão dos acusados. E só entendeu as razões ao ouvir, pelo rádio, a inusitada confissão de um dos acusados: “matei o menino por asfixia mecânica”. Infelizmente, o perito também pagou caro pela sua audácia em dizer a verdade. /
Laura, que bom saber que você tem as matérias guardadas. Eu emprestei a série toda a uma pessoa e não recebi mais nada de volta. Agora sei onde encontrá-las, caso as necessite. OK?! Como é bom ter o seu apoio. /
Olhar de Lince, sim, há impressões digitais inconfessáveis. Triste, não?! /
Pé Vermelho, Deus não nos desampara e sempre nos provê. A fé e a verdade são os esteios dessas famílias e de todas as pessoas injustiçadas. E não são poucas. /
A cada um de vocês, amigos, conhecidos e leitores deste democrático e excelente Blog, a minha gratidão pelas palavras de apoio ao meu trabalho e às famílias deste trágico caso. Agradeço também aos meus pais porque ensinaram aos quatro filhos que, na vida, devemos ter coragem para enfrentar os desafios e assumir posições justas, mesmo que sejam as mais difíceis. /
Ah! Ainda devo falar à Ana. De qual vítima você fala? Porque neste caso há dezenas delas. De Evandro Caetano, desaparecido desde 1992, e de outras dezenas de crianças sumidas no Paraná, passando pelos seus pais e familiares, pelos sete acusados que até hoje juram inocência, pela mídia que acreditou nos poderosos e não ouviu o contraditório, até o conjunto de cidadãs e cidadãos deste país, os quais merecem respeito e direito à Justiça e à Verdade. Ou você sabe algo que ninguém sabe? E, neste caso, você deveria depor na Justiça, para o bem de todos.
val Diz: 28 abr 2009 - 03:40
A querida e saudosa mae da Vania, que com a graca de DEUS, e minha também, D. Ana Welte, nao cansava de contar que ela, a Vania, desde pequenininha, seus 3 aninhos, cuidava da janela a passagem de uma senhora, moradora de rua, que sempre passava no horário do almoço, e avisava para a nossa mãe:
”MÃE, PREPARA UM PRATO DE COMIDA, QUE AQUELA SENHORA JA VAI PASSAR”.
A nossa querida e também bondosa mãe, sempre dizia cheia de orgulho:
“ESSA MINHA MENINA TEM UM CORACAO DE OURO” e eu digo, desde Nova York:
SEMPRE LUTANDO POR UM MUNDO JUSTO DE VERDADE.
PARABÉNS PELA SUA BONDADE E CORAGEM, VOCÊ É ÚNICA.
Ana Maria C. Bruni Diz: 28 abr 2009 - 08:01
Beatriz certa vez nestes últimos anos disse:“Ninguém pode ferir-me sem meu consentimento”
A importância da publicação do livro é vital para reviver em várias memórias os Mea Culpa dos envolvidos contra estas mulheres da familia Abagge.
O caso das Abagge fere profundamente a sociedade brasileira, nos deveria servir de alerta mas infelizmente o mal não dá trégua para inocentes e estes retornam a baila na midia e no sofrimento de novo julgamento.
Sim, certamente deverão conter milhares de paginas este processo, mas são poucas pela dor que as Abagge passaram,passam e passarão.Deverão ler com atenção, cuidado e sabedoria para poderem analisar as provas e argumentos apresentados.
Que Deus nos ilumine.
Osdrovaldo Diz: 28 abr 2009 - 10:28
Meu comentário ainda “espera aprovação” ? Ah tá. Entendi.. Guinei pro lado errado… Se entregou (de novo).
zebeto Diz: 28 abr 2009 - 11:54
Me desculpe, osdrovaldo. achei seu comentário. publicado. agora, esse negócio de “guinar para o lado errado” é estranho.
Ômar Diz: 29 abr 2009 - 00:58
Caríssima Vania,
Sempre consegue a proeza de falar de maneira objetiva, pairando sobre impressões pessoais em verdadeira metalinguagem!
É tão clara que qualquer questionamento sobre o que tenha escrito retorna ao questionador, sempre em prol de uma maior clareza.
Seu trabalho não é para condenar ou para inocentar quem quer que seja, mas apenas para que o “sim” seja “sim”, e o “não” seja “não”. Afinal de contas, não é papel do Jornalista também cobrar maior transparência do Poder Judiciário?
Não vi os autos do processo, mas acredito em seu relato de que há muitos pontos obscuros que não sustentam as sucessivas condenações informais, mas não menos perigosas, de cidadãos como qualquer um de nós, como as Abagge, entre outros! Ter ganho o Prêmio Esso de Jornalismo com essa matéria que revela os trágicos meandros que vitimou injustamente as acusadas quer dizer alguma coisa, não? Confio em seu senso ético e profissional!
Obrigado, Vania, por construir uma ponte entre todos os que só querem uma coisa: dignidade! E lembro a quem estiver lendo este comentário que Vania Mara Welte tem toda uma história em defesa das crianças! Se diz que as acusadas são inocentes, também o faz em nome e em honra da pobre criança cruelmente assassinada, que não precisa ter mais vítimas atrás de si!
Com admiração e respeito,
Ômar Atique Sobhie.
Ômar Diz: 29 abr 2009 - 02:07
Caros leitores,
A clareza é pressuposto para o entendimento e a Justiça.
Antes do trabalho de Vania, toda a imprensa condenou antecipadamente as acusadas. Depois da exposição de suas matérias em um semanário chamado “Hora H”, até então desconhecido para mim e para muitas pessoas, vejam os apoiadores que ela conquistou: a Comissão Julgadora do Prêmio Esso de Jornalismo!
Comissão de Premiação
Aluizio Maranhão - O Estado de S. Paulo
Hélio Campos Mello - Isto É
Merval Pereira - O Globo
Murilo Felisberto - Agência DPZ
Ruth de Aquino - O Dia (RJ)
Comissão de Seleção
Ari Schneider - Revista Imprensa
Domingos Fraga Filho - Isto É
Heloísa Magalhães - Gazeta Mercantil
Lauro Jardim - Exame (RJ)
Luiz Fernando Gomes - O Dia (RJ)
Mauro Meurer - Diário Catarinense
Murilo Felisberto - Agência DPZ
Orlando Brito - Veja
Paulo Motta - Jornal do Brasil
Renato Maurício Prado - O Globo
Rui Xavier - O Estado de S. Paulo
Quem me contou isso? Não, não foi a própria jornalista! Fiz o que qualquer pessoa pode fazer: uma breve pesquisa de alguns poucos minutos no “Google” e encontrei no site a descrição do que é a condecoração:
“O Prêmio Esso de Jornalismo, o mais importante e tradicional programa de reconhecimento de mérito dos profissionais de Imprensa do Brasil, está completando 53 anos de existência, sem qualquer interrupção. Foi criado em 1955 com o nome de ‘Prêmio Esso de Reportagem’, passando posteriormente a se chamar ‘Prêmio Esso de Jornalismo’.
“Ao longo desses anos, a Esso vem promovendo, através da manutenção do prêmio, estímulo constante ao aprimoramento do trabalho de jornalistas, ao mesmo tempo em que entende estar cumprindo sua responsabilidade social.
O ‘Prêmio Esso de Jornalismo’, nome do programa, é concedido ao melhor trabalho publicado na Imprensa anualmente, segundo a avaliação de Comissões de Julgamento integradas exclusivamente por profissionais de comunicação. Outras 13 categorias recebem prêmios específicos para trabalhos em jornais e revistas. E pelo 8º ano consecutivo, está sendo concedido o ‘Prêmio Esso de Telejornalismo’, destinado ao melhor trabalho jornalístico de televisão.
De 1955 até os dias de hoje, concorreram ao Prêmio Esso mais de 20 mil trabalhos jornalísticos. Para os profissionais de Imprensa, a conquista de um Prêmio Esso constitui-se elevada distinção, não só por sua tradição, mas principalmente pelas características de independência e credibilidade do programa, construídas e mantidas nessas cinco décadas.”
Ao pesquisar, faço minha parte como cidadão e assim posso valorizar os profissionais de relevo, fortalecendo-os! Desnecessário plantar a dúvida quando podemos plantar a certeza!
Obrigado por permitirem esta contribuição!
Respeitosamente,
Ômar Atique Sobhie.
Vania Mara Welte Diz: 1 mai 2009 - 20:56
Osdrovaldo, este caso é como você mesmo diz: “cheio de versões, de defensores poderosos, de dúvidas, de terror, de idas e vindas”. E, neste caso, o mais poderoso defensor é, sem dúvida, Deus. Sem falar na competência, ética e na força de trabalho dos advogados de defesa. Em especial os advogados que se deram ao trabalho de ler as milhares de páginas do processo para chegar à convicção da inocência dos sete acusados.
Entre eles, Antônio Figueiredo Basto é exemplar. Há outros, com certeza. Mas Figueiredo Basto faz a diferença. E entre os muito advogados e peritos, Figueiredo também sabe que, se depender dos sete acusados, nenhuma criança, nenhum menino foi torturado e morto. E nenhum deles é adorador desta “coisa ruim”, citada por você. Aliás, se depender das sete pessoas acusadas, Evandro Caetano vive em algum lugar, deste mundo, porque eles não o torturaram e muito menos o mataram. Mas se você sabe algo mais, por favor, denuncie. No entanto, pelo seu segundo comentário postado ao Zé Beto, um profissional ilibado, democrático, absolutamente correto, você deixa perceber que pratica o preconceito e só o que você pensa deve ser o certo. Osdrovaldo, dê-se ao trabalho de ler todo o processo, de conhecer todos os lados e fatos deste caso. E só depois aja como o juiz de alguém. Caso ache isso certo… Moço, eu lastimo o seu açodamento. ///
Olá, menino de Nova York, bons tempos aqueles em que podíamos ter a presença de nossos pais entre nós e todos os irmãos juntos. Bons tempos! Saudades, imensas. Embora distantes, no tempo e no espaço, eu carrego todos vocês pregados do lado esquerdo de meu peito. Grata pelo seu incentivo e carinho. Take care, my dear little brother! Kisses… ///
Ana Maria Bruni, é verdade que ninguém pode nos ferir sem o nosso consentimento. No entanto, devemos ter consciência de que há muita injustiça neste mundo e o Brasil é um celeiro imenso delas. O incrível é que, em muitos casos, somos impotentes diante delas. Por isso, não podemos nos omitir, jamais. E como você diz: “que Deus nos ilumine” ///
Ômar Atique Sobhie, um nome de advogado que honra este país. Receber sua atenção e apoio são muito gratificantes para mim. Ômar, o que eu faço em jornalismo, você o faz no mundo jurídico, quer em Pernambuco, São Paulo ou em qualquer outro espaço deste mundão de Deus.
Ômar, com a devida vênia, apenas coloco um reparo em seu magnífico e encorajador texto: o corpo da criança, apresentado como sendo o de Evandro Caetano, ninguém sabe a identidade e a razão de sua morte. Para o perito Arthur Drischel, “ele parecia ter sido retirado de alguma geladeira de IML, poderia, ainda, ter sofrido uma morte natural (ou seja não ter sido assassinado) e, além de tudo, não tem as mesmas características da suposta vítima do processo de Guaratuba. (Aquele corpo era maior do que o de Evandro Caetano).
Ainda, Ômar, quando os sete acusados estavam presos, surgiu um outro corpo em um mangue em Guaratuba. As autoridades policiais disseram que era o corpo Leandro Bossi, filho de João Bossi e de Paulina Bossi, desaparecido dias antes de Evandro Caetano, na mesma cidade de Guaratuba. Esse pequeno corpo, encontrado, estava vestido com as mesmas roupas que Leandro Bossi vestia no dia de seu sumiço. Imediatamente, os sete também foram acusados da morte de Leandro Bossi.
O incrível, e ao mesmo tempo macabro, é que ao ser examinado por peritos, aquele corpo era de uma menina.
Surgem, então, mais duas perguntas que até hoje não encontram respostas:
1) Qual é a identidade daquela pobre menina?
2) Quem vestiu aquele corpo com as roupas de Leandro Bossi?
Neste episódio, surge uma certeza: quem o vestiu, sabe quem é a menina e sabe o que aconteceu com Leandro Bossi e com essa outra pequena vítima. E, talvez, também saiba o que aconteceu com Evandro Caetano. Não é mesmo?!
Omar, sou eu quem agradece. Pois é você quem, neste momento, concretiza esta ponte entre o jornalismo, o Poder Judiciário e todos os que só querem uma coisa: dignidade! E eu, ainda, acrescento: também querem justiça para todas as vítimas. ///
A todos vocês, respeitosamente, o meu imenso carinho e gratidão, inclusive a você, Zé Beto, pela paciência em ler tudo isso e oferecer o seu valioso espaço.
Valmir Pedroso Diz: 18 mai 2009 - 00:13
Querida mestra:
Peço licença para assim chamá-la pois apenas tive contato pessoal com a senhora em um seminário de ética que assisti aqui em Londrina no meu primeiro ano de faculdade de jornalismo. Inclusive no seminário mãe e filha Abagge estiveram presentes e relataram sua experiência.
Confesso que no começo da apresentação não pude deixar de me chocar com a brutalidade do fato narrado e com a riqueza de detalhes apresentados. A apuração as fotos e as reportagens a respeito das Abagge foram expostas e quando elas, que também assistiam ao evento se tornaram públicas e relataram sua experiência, pudemos dimensionar a importância de se fazer um jornalismo ético.
Que a armadura da justiça divina lhe blinde para continuar inspirando futuros profissionais justos e éticos.
Obrigado Mestra.
Nota:
Valmir Pedroso, sou eu quem agradece a você.
Abraços fraternos;
Vania Mara Welte
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