Tenho um pouco de pressa, não muita,
preciso ir, não sei se você me entende.
Esse seu olhar entre calmo e ansioso,
o tempo passando, os instantes como rios
levando a tarde na correnteza.
A impaciência aumenta aos poucos,
meu respirar que pede ajuda,
minhas mãos, você vê
que órfãs são as minhas mãos?
Vontade infinita de um abraço,
seus cabelos em meus lábios,
desafogar palavras
afogadas no silêncio, confessar
esta imensa solidão, saudade.
O relógio bate duas horas,
é tarde e este sol e este tempo e você
e eu e não sei mais o quê,
ai, que vontade de tudo...
Olha, ficou este silêncio derramando
óleos santos em nossos corpos,
esta angústia de amor aprisionado,
página de livro que se rasgou.
Preciso de um toque apenas,
uma palavra, uma vírgula,
um suspiro, um nada!
Então prometo que a tarde será longa,
incendiada, desdobrada, acalmada,
até a chegada da noite,
mãos dadas, fiapos de eternidade,
escuridão.
(Poema de Zeca Corrêa Leite. Nada mais é preciso dizer)
preciso ir, não sei se você me entende.
Esse seu olhar entre calmo e ansioso,
o tempo passando, os instantes como rios
levando a tarde na correnteza.
A impaciência aumenta aos poucos,
meu respirar que pede ajuda,
minhas mãos, você vê
que órfãs são as minhas mãos?
Vontade infinita de um abraço,
seus cabelos em meus lábios,
desafogar palavras
afogadas no silêncio, confessar
esta imensa solidão, saudade.
O relógio bate duas horas,
é tarde e este sol e este tempo e você
e eu e não sei mais o quê,
ai, que vontade de tudo...
Olha, ficou este silêncio derramando
óleos santos em nossos corpos,
esta angústia de amor aprisionado,
página de livro que se rasgou.
Preciso de um toque apenas,
uma palavra, uma vírgula,
um suspiro, um nada!
Então prometo que a tarde será longa,
incendiada, desdobrada, acalmada,
até a chegada da noite,
mãos dadas, fiapos de eternidade,
escuridão.
(Poema de Zeca Corrêa Leite. Nada mais é preciso dizer)
Em 30.09.2008
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