Quem é canalha?
É alguém que cruzou nosso caminho e cometeu a enorme ofensa de nos atingir de alguma forma sorrateira, cínica, falsa e covarde. É alguém que destruiu, tirou, levou, apropriou-se, furtou ou roubou algo material ou emocional, uma propriedade absoluta e indiscutível, que nos custou muito ou que nos era muito cara.
E esta perda nos fere de morte.
É alguém que se faz passar por gente de bem, grande pensador, grande mestre. È alguém que finge, falseia, engana e trai. No entanto, era alguém que considerávamos muito, mas não titubeou em trair, nos passar para trás, nos enganar, nos roubar de todas as maneiras possíveis e, ainda, querer fazer os outros acreditarem na versão dele. Na versão canalha.
E esta traição nos fere de morte.
Canalha é aquele que, de repente, por alguma razão desconhecida, depois de receber tudo de nós, todo apoio e ajuda possível, nos contradiz em tudo e quer que gente deixe de ser uma realidade para ser apenas uma ilusão pessoal.
E esta contradição nos fere de morte.
Quem não conhece um canalha?
Mas o absurdo da canalhice é quando, depois de tudo isso, esse canalha ousa continuar usando o nosso nome, a nossa imagem, bens, passando-se, ainda, por um “cavalheiro”, “um grande mestre” e, assim, prossegue enganando outras pessoas.
Ou seja, esse não é um canalha só meu.
É um canalha da humanidade e as outras pessoas vão demorar um pouco para descobrir essa canalhice, dourada em falsos atos de sedução. E, por isso, os amigos comuns, continuam bajulando o canalha, enquanto ele se fixa em uma nova vítima ao redor dele.
Passar por um canalha é a prova de que Deus nos testa e nos oferece a oportunidade de ser a cada dia melhor. Passar por um canalha e sobreviver é burilar o próprio espírito e caráter.
Perdoar um canalha?
Isso fica por conta de Deus.
O mais importante é agradecer a existência de um canalha em algum momento de nossas vidas. Afinal, com todo o mal que nos fez, ele nos torna mais forte.
Oxalá, um dia, o canalha possa descobrir que, ao morrer, a nossa real herança é tudo o que deixamos na memória e no coração do outro.
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