sábado, 30 de agosto de 2008
EU CARREGO VOCÊ COMIGO...
domingo, 24 de agosto de 2008
VELHO E BOM HORÁRIO ELEITORAL É ‘GRATUITO’ SÓ NO NOME
Outro nome que já nasceu desmoralizado foi “Horário Eleitoral Gratuito”. Nesse caso, a desautorização veio já na certidão de nascimento. A lei que criou o horário tratou de fixar o preço de sua pseudogratuidade. Hoje, a encrenca está regulamentada num decreto de 2001, número 3.786. Autoriza as emissoras de rádio e TV a abater no Imposto de Renda 80% do valor que seria pago por prováveis anunciantes na hora da exibição dos programas políticos.
A regra vale para a propaganda eleitoral e também para aqueles programas que os partidos levam ao ar nos anos não-eleitorais. Graças à brincadeira, a Receita deixou de arrecadar, nos anos de 2006 e 2007, R$ 713 milhões. O preço da publicidade eleitoral das eleições municipais de 2008 só será conhecido em 2009.
De antemão, sabe-se apenas que, de “gratuito”, o horário eleitoral só tem o nome. Quem financia a xaropada é você, caro eleitor. É o preço da democracia. Preço necessário, convenhamos. Mas os candidatos bem poderiam entregar um produto mais bem acabado.
Algo que fosse, pelo menos, crível.
(Texto do jornalista Josias de Souza, em seu próprio Blog, na Folha de S. Paulo)
terça-feira, 19 de agosto de 2008
SOBRE A VÍRGULA...
Foto de um bebê, em um museu de Nova York.
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da Associação Brasileira de Imprensa
( ABI)
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
domingo, 17 de agosto de 2008
CRIANDO SERVIÇO PÚBLICO SOLIDÁRIO
Leia com atenção. Você pode participar.
Hoje quero lhes falar sobre algo muito interessante que meu pai me disse. Ele falou assim: "filho, poderíamos ter uma Lei para obrigar os políticos a usarem a saúde pública, a educação pública, não? Onde já se viu o cozinheiro que não come da comida que faz?". E isso despertou algo em mim!
A idéia é tão simples e tão revolucionária, que mereceu profundas reflexões de minha parte! Vi que não se pode obrigar ninguém a usar um determinado serviço, nem por Decreto, mas apenas a conscientização e o trabalho de qualidade é que fazem este e outros "milagres"!
O Instituto nasce no dia 7 de setembro e, é claro, esta data não foi escolhida por acaso! Naquele dia bradamos por nossa independência!
Vamos nos reunir em um almoço para combinarmos mais detalhes no domingo, 24 de agosto, a partir das 11 horas, no Restaurante Zio Vito, que fica na Avenida Lins de Vasconcelos, 2038, na Vila Mariana!
O almoço é cobrado por quilo, o espaço é muito bom, tem estacionamento e fica num local de fácil acesso a todas as regiões!
É necessário confirmar a presença até quarta-feira, dia 20, com Nena ou Carlinhos, nos fones 5571-4163 e 5083-3806, para que eles possam adequar o espaço.
Por favor, responda a este email, no mínimo para fazer suas considerações sobre o tema, que é vital para todos nós! Queremos saber o que você tem a dizer! Certamente, ouvindo sua opinião, faremos algo muito melhor e mais adequado às reais necessidades de nós, cidadãos!
Estou feliz por saber que esta mensagem chegou até você e que você a repassou para as pessoas que considera valiosas, independentemente do grau de instrução, da formação profissional ou cultural, pois o fundamental é a boa-vontade e o trabalho honesto!
Abraços fraternos, e vamos nos falando!!!
Ômar Atique Sobhie
(11) 8247-0303
terça-feira, 12 de agosto de 2008
TEXTOS RECUPERADOS
ALTERNATIVAS CONTRA O CÂNCER
Eu espero que você não tenha esta terrível doença.
Mas você pode se informar para se prevenir contra este mal.
DEPOIS DE ANOS DIZENDO ÀS PESSOAS QUE A QUIMIOTERAPIA
É O ÚNICO CAMINHO A TENTAR
(TENTAR É A PALAVRA CHAVE) PARA ELIMINAR O CÂNCER,
O HOSPITAL JOHN HOPKINS ESTÁ FINALMENTE
COMEÇANDO A DIZER QUE HÁ UM CAMINHO ALTERNATIVO
Atualização em câncer pelo John Hopkins Hospital,
pode ser lido na data de 21 de Abril de 2008, segunda-feira.
Dá uma espiadinha. Vale a leitura.
Ao meu bom e solidário amigo, que prefere o anonimato,
a minha profunda gratidão;
Vania Mara Welte
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
TOCANDO EM FRENTE
domingo, 10 de agosto de 2008
FILHO E PAI
(Mickael)
(Tony)
(Mickael)
(Tony)
(Mickael)
(Tony)
(Mickael)
(Tony)
(Mickael)
(Tony e Mickael)
sábado, 9 de agosto de 2008
ATENÇÃO!!! COMEÇA HOJE A VACINAÇÃO CONTRA PÓLIO E RUBÉOLA
Homens e mulheres, entre 20 e 39 anos, devem se vacinar contra a rubéola, mesmo os que já foram vacinados. E, as crianças até 5 anos, devem receber a segunda dose contra a poliomielite. Essas, são ações simples que evitam tragédias. Não se omita. Reflita e compareça ao posto de saúde mais próximo à sua casa. Seja cidadã e cidadão responsável por você, pelos seus filhos e pela sociedade.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
JORNALISTAS E ESTUDANTES LUTAM EM FAVOR DO DIPLOMA EM CURITIBA NO DIA 13, QUARTA
Jornalistas e estudantes de Jornalismo se reúnem na próxima quarta-feira, dia 13, a partir das 11h30, na Boca Maldita, em Curitiba, para realizar uma manifestação em defesa da manutenção da obrigatoriedade de formação superior específica para o exercício da profissão. Uma ação movida pelo Ministério Público Federal de São Paulo – que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do Recurso Extraordinário 511961 – pretende pôr fim à exigência do diploma, peça central da regulamentação da profissão de jornalista, ensejando a bizarra situação pela qual o exercício da profissão seria permitido mesmo a pessoas com escassa formação educacional.
A manifestação coordenada pelo Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor-PR) integra um conjunto de ações da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e demais 30 sindicatos de jornalistas do país para esclarecer a opinião pública acerca da gravidade da ameaça que paira sobre a qualidade da informação e da independência e da ética na mídia.
Desde a edição das normas que regulamentam a profissão e instituíram a exigência do diploma – decretos-leis 972/69 e 83.284/79 -, a categoria dos jornalistas conseguiu avanços consideráveis na profissionalização da mídia e na adoção por ela de padrões éticos mais compatíveis com a relevância social da imprensa. Contudo, a pretexto de supostamente salvaguardar a liberdade de expressão – que não é comprometida pela regulamentação profissional –, a Justiça pode promover um retrocesso enorme à imprensa e à sociedade em geral.
A se confirmar a desregulamentação, a mídia do país deve mergulhar numa espiral de amadorismo e precarização tanto do nível da informação oferecida pela imprensa quanto das relações de trabalho nas empresas de comunicação. Uma decisão do STF no sentido pretendido pelo Ministério Público Federal iria contra uma tendência desenvolvida em 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos cursos de Jornalismo e contribuiria para a volta às piores práticas de conluio e promiscuidade entre a imprensa e os poderes econômico e político.
Segundo a presidente do Sindijor, Aniela Almeida, a importância da exigência do diploma reside na garantia do direito à informação independente e plural. “O jornalista tem o dever ético de assegurar que as diversas opiniões ou as diversas versões de um mesmo fato tenham seus espaços garantidos nas mídias.”
As manifestações em Curitiba e em todo o país acontecem no momento em que se aproxima o julgamento do recurso extraordinário pelo STF. A ação, na qual também é autor o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo - Sertesp, iniciou-se em 2001 e, devido a decisões equivocadas em seu curso, já foi responsável por permitir a pessoas não devidamente habilitadas exercer a profissão – os chamados precários.
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Sindicato dos Jornalistas Profissionais do PR
Rua José Loureiro, 211 - Centro
80010-140 - Curitiba - PR - Brasil
Jornalista responsável:
Adir Nasser Junior (3819/15/29v)
extrapauta@sindijorpr.org.br
fone: (41) 3224-9296
9226-7665
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
OU ELES ESTÃO MUITO BEM TREINADOS OU OS CHINESES SÃO SIMPÁTICOS MESMO
Concorri com gente de estirpe,
Senti muito medo e o peso da responsabilidade...
Generoso, ele me tranqüilizou:
Pois bem, sou uma privilegiada,
Cito apenas alguns deles: Rogério Galindo;
E eu só tenho de agradecer a cada uma dessas pessoas
Aliás, no Paraná, continuo sendo a única mulher jornalista
E, para deleite de quem lê este Blog,
Tudo bem, a tão fechada China está recebendo o mundo para as Olimpíadas, tudo está, segundo diversos relatos (jornalistas estrangeiros que trabalham por aqui e até muitos chineses) bem mudado. As ruas estão mais limpas, há menos pessoas e carros nas ruas, a cidade está no clima dos Jogos. Estamos em Pequim desde o dia 1º. de agosto e já andamos muito, cerca 20 km por dia.
Estivemos no Centro Olímpico, na Cidade Proibida, numa área de Hutongs (cidade velha), Hou Hai (botecos), mercado de eletrônicos, estações de metrô, restaurantes e outros. Apesar da dificuldade de comunicação, os chineses, em geral, são muito atenciosos e um pouco curiosos, conosco.
Na entrada da cidade proibida, por exemplo, nunca fui tão fotografado pelos turistas, todos chineses. No metrô, os que falam inglês logo puxam papo: - de onde vocês são, são jornalistas, estão aqui para os Jogos ... Cruzei com um camarada que é desenhista de histórias em quadrinhos e adora o Maurício de Souza.
No Centro Olímpico, o Hedeson foi abordado por um china que pedia seu autógrafo. Acabei assinando o cartão postal também.
Ontem, voltando de uma frustrada ida até a loja da Canon (estava fechada), parei para fotografar um vendedor e fomos abordados por um jovem recém formado e professor de inglês.
O papo foi rolando, qual a relação do Brasil com a América, que vocês acham do "Bushinho" e por aí foi. O cara vai ser nosso guia pela “verdadeira Beijing”. Vamos dar uma banda “fora” da “bolha” olímpica. Indaguei ao jovem sobre as restrições de acesso a certos sites na web. Perguntei se era verdade (já sabia essa resposta), o que ele achava disso. Respondeu de forma muito serena.
- Temos restrições, sim. Isso é necessário.
- O que você acha disso?
- Eu gosto daqui.
O cara me pareceu muito feliz!
Nossos anfitriões, Nancy e o marido, Chao, super atenciosos e prestativos, nos perguntaram se estaríamos interessados em alguns bilhetes que tinham sobrado. Opa, na hora. Pelo mesmo preço que pagaram (200 yuan, cerca de R$ 50,00) vamos assistir o primeiro dia do vôlei de praia, no sábado, dia 9. Papo vem, papo vai, perguntei sobre outros ingressos...
A Nancy entrou em um site e jogou algo do tipo, “quero comprar ingressos para as Olimpíadas”. O celular de ambos não pára de receber mensagens desde então, e isso foi há dois dias.
Nos interessamos por uma partida de vôlei masculino (depois descobrimos que é Brasil X Polônia), o cara pagou 200 yuan e repassou por 800 (R$ 200,00). Acertada a compra por telefone fomos ao encontro do pinta na entrada de um Shopping. Um piazão, estudante, mas cheio dos cuidados. ..
Os ingressos, confesso, um tanto suspeitos, embrulhados em papel jornal. O Chao deu uma olhada, conferiu...gelei, pela cara do cidadão não parecia coisa séria.
De cara vi que o papel era diferente, uma impressão bem inferior a dos ingressos originais que Nancy tinha no passado. O cambista pegou carteira de identidade, disse que era estudante, mostrou recibos e garantiu que eram originais.
O Chao olhou pra mim e largou: O que que você acha? Hahahahahahaha, pensei: Vocês que são mestres em falsificações e você pede minha opinião?
Sei lá. Compramos. Depois do dia 16 eu conto como foi o jogo. Ou não.
(Textos de Leandro Taques, no http://www.blogdotaques.blogspot.com)
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
A ROSA DE HIROSHIMA
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Música: Rosa de Hiroshima
Autoria: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad
Interpretação: Ney Matogrosso - Secos e Molhados
SÉTIMA MOSTRA DE AÇÃO VOLUNTÁRIA
Segue a sugestão de Pauta para um evento que será realizado nesta semana.
Segue um release com mais informações sobre o que é a Mostra de Ação Voluntária e o Congresso Nós Podemos Paraná. Procure-nos caso queira saber mais sobre a área de exposições ou sobre a programação do Congresso. Mais informações você também pode conseguir pelo site http://www.mostradeacaovoluntaria.org.br/
Evento de Cidadania e Responsabilidade Social do Paraná acontece em Curitiba de 6 a 9 de agosto com participação gratuita aberta ao público
De 6 a 9 de agosto a cidade de Curitiba será palco de várias atividades na área social. Acontecem palestras, mesas redondas, mini-cursos e uma exposição de projetos sociais que, juntos, formam um espaço para a troca de experiências e formação de parcerias que potencializam a transformação da sociedade. Tudo isso acontecerá dentro da programação da 7ª Mostra de Ação Voluntária - Cidadania e Responsabilidade Social, promovida pelo Centro de Ação Voluntária de Curitiba (CAV) e 1º Congresso Nós Podemos Paraná, cujo tema é Educação para a Sustentabilidade.
O 1º Congresso Nós Podemos Paraná, articulado pelo Movimento Nós Podemos Paraná, terá sua primeira edição realizada junto com as atividades da 7ª Mostra de Ação Voluntária - Cidadania e Responsabilidade Social. O objetivo do Congresso é apresentar iniciativas que contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até 2010 no Paraná.
Maria Aparecida Zago Udenal, coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná comenta a união dos eventos: "Uma vez que o Movimento tem como objetivo a criação de uma rede de trabalho voluntário com a sociedade paranaense em favor dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e o Centro de Ação Voluntária de Curitiba trabalha exatamente com isso, fortalecendo o voluntariado transformador, poderemos trabalhar em conjunto e o povo paranaense será o grande participante para a construção desse projeto. O CAV já tem uma história, um trabalho que vem sendo realizado com sucesso e que fortalece o Movimento Nós Podemos Paraná”, explica.
Exposição de projetos sociais
É na 7ª Mostra de Ação Voluntária que organizações sociais, empresas e governo, independente de ideologias, credos e partidos políticos, trocarão experiências bem sucedidas de transformação social. A Mostra é considerada o maior evento de responsabilidade social e cidadania do Paraná e uma grande oportunidade dos visitantes conhecerem trabalhos sociais realizados pelos três setores da sociedade paranaense, em uma grande área de exposição de projetos.
De acordo com a presidente do Centro de Ação Voluntária (CAV), Maria de Lourdes Nunes, o intercâmbio e a exposição destas experiências propiciam o retorno positivo na sociedade. "Ao dar visibilidade às iniciativas de transformação de realidades, este evento favorece a articulação e multiplicação de ações de cidadania para o bem comum, além de fortalecer o Paraná como um Estado mobilizador de inovações e políticas sociais". Serão ao todo, 50 projetos apresentados por instituições sociais, de ensino e empresas. Além da área de exposições, os visitantes ainda poderão participar, também gratuitamente, de mini-cursos, palestras, mesas-redondas e até de uma sessão de cinema.
SERVIÇO:
MUITOS PODIAM ESTAR FORA DA CADEIA
presas e apenas 25 mil cumprindo penas alternativas.
Paraná começa a aplicar mais as penas
SAIBA MAIS SOBRE AS PENAS ALTERNATIVAS
Faltam fiscais para que regime funcione bem. Para que as sentenças alternativas funcionem, não basta que o Judiciário opte por deixar os acusados fora da cadeia. É preciso também que se crie uma infra-estrutura de acompanhamento, para garantir que a punição imposta seja realmente cumprida. “A pessoa encaminhada a prestar um serviço social, como pintar um muro, deve estar sob os olhos da fiscalização e comprovar o trabalho solicitado”, afirma o doutor e professor de Direito Damásio de Jesus, diretor do Complexo Jurídico do Rio de Janeiro que leva seu nome.
Sentença pode se transformar em aprendizado para o acusado. A equipe do Setor Técnico de Apoio e Acompanhamento de Medidas Alternativas (Seama) do Juizado Especial Criminal de Curitiba explica que as penas e medidas alternativas têm caráter socioeducativo e fazem com que os infratores tenham maior responsabilidade social e pessoal. “Levamos em consideração a escolaridade, a potencialidade e capacidade racional de aprendizagem da pessoa para encaminhá-la a um serviço condizente com seu grau de instrução” diz a terapeuta Beatriz Abagge.
Entre janeiro e junho de 2008, o número de pessoas cumprindo penas e medidas alternativas cresceu 25% no Paraná. Porém, a alta foi suficiente apenas para que o estado alcançasse novamente índices que já haviam sido atingidos em anos anteriores. De acordo com o Ministério da Justiça, a quantidade de penas e medidas alternativas registradas no estado era de 20 mil em 2005, mas caiu para 15 mil no final de 2007. No primeiro semestre deste ano, o número voltou a subir para os mesmos 20 mil. Atualmente, o estado tem 35 mil detentos encarcerados. Ou seja, há 71% mais presos do que pessoas cumprindo outros tipos de punição.
Um dos estados que mais contribuiu para a média nacional foi Minas Gerais. De 2005 pra cá, o estado saltou de 3 mil penas e medidas alternativas para 26 mil. Aumento de 12 vezes em 3 anos, superando em 3 mil o número de pessoas no sistema prisional de aproximadamente 23 mil. Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul também apresentaram bons resultados nos últimos anos.
A inversão no número de presos por penas diferenciadas no Brasil se deu, principalmente, pela superlotação carcerária. Isso levou os juízes a optar por sentenças mais brandas nos casos de delitos leves. “Sem dúvida a aplicação dessa modalidade de sentença ajuda a esvaziar o sistema penitenciário, porque evita a prisão, além de ter taxa de reincidência muito baixa”, afirma José Laurindo de Souza Netto, juiz convocado na Segunda Câmara Criminal do Paraná e professor da Escola da Magistratura.
Para o juiz, os dados do Depen devem ser avaliados antes de ser apontada deficiência ou eficácia em cada estado. “Existem variantes de penas e medidas alternativas. Não é especificada qual variante cada estado aplicou, como doação de cestas básicas ou prestação de serviço. Doar cesta básica é o caminho mais curto. Por isso, em alguns estados os números podem ter disparado”, explica.
O juiz diz ainda que é necessária uma estrutura multidisciplinar entre a Justiça, o Ministério Público e o estado para que a sentença diferenciada tenha eficácia e não seja banalizada.
Para o promotor de Justiça Fábio André Guragni, os dados do estado não representam defasagem em relação à média nacional. Apesar da queda entre 2005 e 2007, o promotor diz que a prisão deixou de ser regra e se tornou exceção. “Promotores, juízes e advogados lidam com volumes imensos de penas restritivas (alternativas)”.
Interatividade
As penas e medidas alternativas podem reduzir os índices de criminalidade no Estado?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
ALMAS PERFUMADAS
De flor quando ri.
Ao lado delas,
a gente se sente no balanço
de uma rede que dança gostoso
numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas,
a gente se sente
comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos
com algodão doce
da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica
com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente
que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar
quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas,
a gente sabe que os anjos existem
e que alguns são invisíveis.
chegando em casa
e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo
com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas,
pode ser abril,
mas parece manhã de Natal
do tempo em que a gente acordava
e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente
que tem cheiro das estrelas
que Deus acendeu no céu
e daquelas que conseguimos
acender na Terra.
Ao lado delas,
a gente não acha
que o amor é possível,
a gente tem certeza.
Ao lado delas,
a gente se sente
visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas,
saboreamos a delícia do toque suave
que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente
que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas,
a gente percebe
que a sensualidade é um perfume
que vem de dentro
e que a atração
que realmente nos move
não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas,
a gente lembra
que no instante em que rimos,
Deus está conosco,
juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.”
(Poema de Carlos Drummond de Andrade)
domingo, 3 de agosto de 2008
AMIGOS LOUCOS E SANTOS
Sonhar o sonho impossível... em Porto de Galinhas (PE)
não pela pele ou outro
arquétipo qualquer,
mas pela pupila.
Tem de ter
brilho questionador
e tonalidade inquietante.
A mim não
interessam os bons de espírito
e nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que
fazem de mim
louca ou santa.
Deles não quero respostas,
quero o meu avesso.
Que me tragam
dúvidas e angústias
e agüentem o que há
de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos,
para que não duvidem
das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho os meus amigos
pela alma lavada
e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo,
quero também a sua maior alegria.
Amigo que não ri junto,
não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim:
metade bobeira,
metade seriedade.
Não quero risos previsíveis,
nem choros piedosos.
Quero amigos sérios,
daqueles que fazem
da realidade a sua fonte
de aprendizagem,
mas lutam para que
a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos,
nem chatos.
Quero a metade
infância e a outra
metade velhice!
Crianças, para que
não esqueçam o valor
do vento no rosto;
e velhos, para que
nunca tenham pressa.
Tenho amigos
Para saber quem eu sou!
Pois, vendo-os loucos e santos,
bobos e sérios,
crianças e velhos,
nunca me esquecerei
de que a “normalidade”
é uma ilusão imbecil e estéril.
(Oscar Wilde)