Tiradentes Esquartejado, em tela de Pedro Américo, em 1893.
Acervo do Museu Mariano Procópio
Na manhã de 21 de abril de 1792, um sábado, José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e o local onde foi armado o patíbulo, no Largo da Lampadósia. O governo geral tratou de transformar aquele fato em uma demonstração de força da Coroa Portuguesa.
A leitura da sentença estendeu-se por 18 horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e, em seguida, o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.
No entanto, todo esse espetáculo despertou a ira da população, que presenciou o evento, e assim, a memória de Tiradentes foi preservada para sempre. E, ao contrário do que queria a Coroa, como o grande herói da Independência do Brasil.
O que diz a sentença:
“condenam o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi do Regimento pago da Capitania de Minas, a que, com pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu”.
2 comentários:
Vânia... se você soubesse o quanto o seu exemplo de vida, de profissional, de amiga, de mãe, de mulher, me inspiraram... Não sei usar as palavras para isso, mas queria deixar explícito o quanto sou grata a você por tudo o que eu sou hoje... Te adoro demais!
Um beijo
Andressa Grilo
Olá, Andressa!
É muito bom saber que, de alguma maneira, a gente fez algum bem a alguém. Mas, com certeza, se eu fiz algo de bom, para você, foi porque mereceu. Ou seja, o esforço e o mérito são todos seus.
Conte sempre comigo.
Beijos, com imenso carinho;
Vania Mara Welte
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