Informações vão poder ajudar na elucidação de crimes
No dia em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 20 anos (13/07), o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) apresenta a criação de um banco de dados de criminosos seriais inédito no país. A base de dados será utilizada exclusivamente para identificar criminosos e crimes violentos praticados contra crianças. O projeto foi elaborado pela Polícia Civil paranaense e inicialmente apenas o estado de Santa Catarina aderiu ao convênio.
“A proposta já foi enviada para o estado do Rio Grande do Sul, onde se encontra em análise, e ainda neste ano devemos apresentá-la em um encontro nacional em Roraima, que reúne várias redes que procuram crianças desaparecidas, com o objetivo de que todos os outros estados possam aderir ao cadastro”, conta a delegada titular do Sicride, Ana Claúdia Machado. Desta forma, cada secretaria estadual ficaria responsável por alimentar os dados do seu estado.
No Paraná, dois policiais do Setor de Alimentação e Análise de Dados de Criminosos Seriais (SAAD) estão responsáveis por manter e atualizar o banco de dados. É essa equipe que se desloca até o local do crime, responde cerca de 200 perguntas com informações sobre a cena do crime que “diz muito sobre o comportamento do criminoso”, faz levantamento de dados do IML e analisa notícias nacionais de crimes violentos contra crianças. Todos os policiais têm acesso as informações, embora poucos possam alimentar o sistema.
Atualmente, estão cadastrados 50 condenados por violência contra criança e adolescente. “Mas o banco de dados também contempla informações sobre crimes ainda sem solução”, afirma a delegada. Ela explica que este sistema foi idealizado depois de cinco anos de pesquisa que mostraram que 5% das crianças vítimas de crimes cruéis, tiveram um agressor que já tinha cometido outros crimes do gênero. “Assim descobrimos que existiam criminosos seriais no Paraná como o José Airton que vitimou 26 crianças, das quais duas são do nosso estado”, revela.
Para a delegada, as informações obtidas pelo bando de dados não são apenas estatísticas. “Poderemos fazer a análise da ligação de casos seriais, traçar o perfil dos criminosos e encontrar formas mais eficientes de interrogá-los, de acordo com o perfil do agressor”, acredita. Esse programa ainda ajudaria na prevenção e por isso a intenção é de expandir a aplicação do projeto para outros crimes. “Com os dados também pretendemos provar que os agressores precisam de um monitoramento constante após o cumprimento da pena para que não voltem a repetir crime”.
O programa que organiza o banco de dados foi desenvolvido com base em um programa americano do FBI que investiga o comportamento de criminosos contra crianças. O sistema foi traduzido e adaptado a realidade local.
Matéria e fotos veiculadas no Site Jornale
“A proposta já foi enviada para o estado do Rio Grande do Sul, onde se encontra em análise, e ainda neste ano devemos apresentá-la em um encontro nacional em Roraima, que reúne várias redes que procuram crianças desaparecidas, com o objetivo de que todos os outros estados possam aderir ao cadastro”, conta a delegada titular do Sicride, Ana Claúdia Machado. Desta forma, cada secretaria estadual ficaria responsável por alimentar os dados do seu estado.
No Paraná, dois policiais do Setor de Alimentação e Análise de Dados de Criminosos Seriais (SAAD) estão responsáveis por manter e atualizar o banco de dados. É essa equipe que se desloca até o local do crime, responde cerca de 200 perguntas com informações sobre a cena do crime que “diz muito sobre o comportamento do criminoso”, faz levantamento de dados do IML e analisa notícias nacionais de crimes violentos contra crianças. Todos os policiais têm acesso as informações, embora poucos possam alimentar o sistema.
Atualmente, estão cadastrados 50 condenados por violência contra criança e adolescente. “Mas o banco de dados também contempla informações sobre crimes ainda sem solução”, afirma a delegada. Ela explica que este sistema foi idealizado depois de cinco anos de pesquisa que mostraram que 5% das crianças vítimas de crimes cruéis, tiveram um agressor que já tinha cometido outros crimes do gênero. “Assim descobrimos que existiam criminosos seriais no Paraná como o José Airton que vitimou 26 crianças, das quais duas são do nosso estado”, revela.
Para a delegada, as informações obtidas pelo bando de dados não são apenas estatísticas. “Poderemos fazer a análise da ligação de casos seriais, traçar o perfil dos criminosos e encontrar formas mais eficientes de interrogá-los, de acordo com o perfil do agressor”, acredita. Esse programa ainda ajudaria na prevenção e por isso a intenção é de expandir a aplicação do projeto para outros crimes. “Com os dados também pretendemos provar que os agressores precisam de um monitoramento constante após o cumprimento da pena para que não voltem a repetir crime”.
O programa que organiza o banco de dados foi desenvolvido com base em um programa americano do FBI que investiga o comportamento de criminosos contra crianças. O sistema foi traduzido e adaptado a realidade local.
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nesta terça-feira, 13.07.2010
Reportagem Daiane Rosa
Fotos Lineu Filho
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