domingo, 13 de abril de 2008

OLHO DE LINCE

Quem fala que sou esquisito hermético
É porque não dou sopa, estou sempre elétrico
Nada que se aproxima, nada me é estranho
Fulano, sicrano e beltrano
Seja pedra, seja planta, seja bicho, seja humano
Quando quero saber o que ocorre à minha volta
Ligo a tomada, abro a janela, escancaro a porta
Experimento tudo, nunca me iludo
Quero crer no que vem pelo beco escuro
Me iludo passado, presente, futuro
Reviro na palma da mão o dado
Presente, futuro, passado
Tudo sentir, de todas as maneiras, é a chave de ouro do meu jogo
É fósforo que acende o fogo de minha mais alta razão
Na seqüência de diferentes naipes, quem fala de mim tem paixão

De Jards Macalé e Waly Salomão

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