terça-feira, 22 de setembro de 2009
AS CARROÇAS
Tinha carroças, Vânia, tinha carroças
nos meus tempos de menino.
Tinha sabe o quê?
Carroças dos lenhadores
que nos vendiam lenhas a metro,
dos que carregavam lavagem para os porcos,
carroças novas e velhas, bonitas e feias.
E só hoje vejo que todas elas eram lindas e mágicas
e cantadeiras de um amor feiticeiro
que incendiava os dias de lantejoulas daquele tempo.
Vânia do céu, como tinha carroças e histórias e vidas
dependuradas nelas, espantando cavalos,
descansando ao sol da tarde, guiando os animais
para a zona, vendendo verduras, transportando carvão,
atravessando a madrugada, pisando em pedregulhos e...
Meu Deus dai-me as minhas belas carroças,
dai-me os castigados cavalos, os gritos dos lenhadores,
das filhas dos lenhadores, o ranger das rodas, as horas,
o cheiro de café torrado em panelões pretos,
cheiro de café passado em coador,
fumegando no bule, nas canecas esmaltadas.
Ah, meu Deus dai-me o tanque e a água
suja das roupas, embaçada de sabão de cinzas.
Dai-me a voz de minha mãe cantando e as cantigas
de passarinhos e latidos de cães e Sônia Ribeiro
animando seu programa na Rádio Record de São Paulo
e tudo e tudo e tudo
que são universos humildes, pequenos,
parecendo migalhas que se perdiam
nas toalhas furadas da mesa de minha casa.
Sabe Vânia, esse lugar era bonito
e se enfeitava de sol e carnaval
e espiava por vezes a beleza dos artistas
pelas páginas da Revista do Rádio,
e era bom e tinha seus sustos,
seus bêbados, suas brigas na rua,
mas era bom, insistia em ser bom, vivia sendo bom.
Debaixo das estrelas, do céu, das lendas,
da melancolia, das rezas, dos anjos e do inferno,
debaixo de tudo isso repousava esse país
cálido, perfumado, com carros e galinhas e boiadas
e sineta de escolas e suspiros comprados na venda.
Repousava esse país das carroças, dos cavalos,
dos tropéis, dos gritos, da linguagem selvagem
e humana, do amor dos animais.
E as carroças, ah meu Deus, meu Deus,
passavam por nós invisíveis
nas suas fagulhas de fogo...
Zeca Corrêa Leite
Nota do Blog:
Zeca, meu querido!
Lindo demais.
Poesia pura, emoção e sensibilidade.
Lembranças da década de 80.
Beijos em seu coração.
Gratíssima!
Vania
terça-feira, 8 de setembro de 2009
NOVA ESTRATÉGIA CONTRA UM VELHO MAL
Recebi de minha querida amiga Lia Nielsen
e divulgo para quem precisar.
Afinal, não é para menos, criador de uma vacina que
breca o crescimento de dois tipos de tumor,
José Alexandre Barbuto (foto acima), médico pesquisador
do Instituto de Ciências Biomédicas,
está animado com a possibilidade
de estender a técnica para outros cânceres.
Eis o recado de Lia Nielsen
Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira. Já existe vacina contra o câncer de pele e de rins. Foi desenvolvida por cientístas médicos brasileiros, uma vacina para estes dois tipos de câncer, que se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada. A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente.
Nome do médico que desenvolveu a vacina: José Alexandre Barbuto
Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma.
Telefone do Laboratório: 08007737327
Falar com Dra. Ana Carolina ou Dra. Karyn
Para maiores detalhes:
http://www.vacinacontraocancer.com.br/
Isto sim é algo que precisa ser repassado.
Alguém pode estar precisando já!!!!
Beijos;
Lia Nielsen
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
7 DE SETEMBRO!!!
Um ano faz que criamos um instrumento para nos unimos formalmente por um ideal: o Instituto Policarpo Quaresma.
A instituição tem a função de colaborar para alcançarmos a justiça social, ainda que imperfeita, mas com muita harmonia e saude, especificamente em relação à prestação de serviços públicos. A justiça social será resultado de esforços conjuntos de inúmeras pessoas e instituições, declaradas ou anônimas, de forma consciente ou inconsciente. Somos muitos na ação e um só no resultado.